São Paulo, terça-feira, 22 de junho de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

FRAUDE

Em SP, 13 são presos acusados de "cola eletrônica" em vestibular de medicina
Um esquema de cola eletrônica, que custava R$ 15 mil a vestibulandos de medicina da Universidade São Francisco, no Pari (centro de São Paulo), foi flagrado no último sábado.
A Polícia Federal deteve 13 pessoas: um dos mentores, três "especialistas" (que faziam a prova e depois passavam o gabarito) e nove vestibulandos.
Segundo o agente da PF Celso Darck'e Brasil, os três estudantes "especialistas" entregavam a prova em uma hora, tempo mínimo de permanência na sala. Ao saírem, passavam o gabarito para o homem acusado de liderar o esquema, Roserley Lobo, 46, que transmitia as respostas para outros vestibulandos que ainda estavam fazendo a prova.
O agente disse que a transmissão era feita por um bipe: Lobo digitava as respostas de um carro estacionado a poucos metros do local. Utilizava, para isso, um aparelho equipado com teclado.
Os candidatos recebiam o gabarito pelo bipe -do tamanho de visor de relógio de pulso. Alguns alunos o disfarçavam como relógio, outros prendiam o aparelho sob a roupa.
A PF informou ter começado a investigar o golpe há cerca de dois meses, quando soube da fraude em um vestibular no Acre. A investigação revelou que o mesmo grupo tentaria usar o esquema em São Paulo.
Outro homem identificado como idealizador está sendo procurado. Dos nove candidatos detidos, dois tinham 17 anos. Os outros foram autuados por formação de quadrilha.
Para a Polícia Federal, outros alunos que usavam o esquema escaparam. Lobo já teria sido detido pelo crime anteriormente, segundo o órgão, que não permitiu entrevistas com o acusado. (DO "AGORA")


Texto Anterior: Panorâmica - Estradas: Obra bloqueia uma das pistas da Anchieta
Próximo Texto: São Bernardo do Campo: Sogra e genro são mortos em chácara
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.