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HABITAÇÃO
Prédio que é símbolo da degradação do centro terá o elevador desligado hoje; ainda restam 15 famílias no local
Edifício São Vito deve ser esvaziado nesta semana
DA REPORTAGEM LOCAL
As últimas 15 famílias que ainda
ocupam o São Vito (centro de São
Paulo) devem deixar o prédio
nesta semana. O edifício, símbolo
da degradação da região, passará
por uma reforma cujo valor estimado é de R$ 8 milhões.
A Secretaria Municipal da Habitação (Sehab) informou que só 3
das 510 famílias cadastradas em
agosto do ano passado permanecem no prédio. As demais são invasoras.
Mas a obra não tem data de início. Com a desapropriação, a prefeitura espera da Justiça a emissão
de posse dos imóveis. Só então terá início a reforma, parceria da
prefeitura com a Caixa Econômica Federal, que deve durar no mínimo 12 meses, segundo a Sehab.
Enquanto isso, famílias cadastradas recebem a chamada bolsa-aluguel (até R$ 300 por 30 meses).
Quem for proprietário de apartamento no São Vito terá prioridade para a recompra.
Segundo a síndica do São Vito,
Tânia Maria Torrico, dona de 2
das 600 unidades (são 25 pavimentos de moradia), as famílias
só poderão usar o elevador de serviço para agilizar as mudanças até
hoje, já que ele será retirado.
O São Vito, de 45 anos, está com
a estrutura comprometida. O prédio passou nos últimos anos por
um processo de deterioração que
comprometeu além dos três elevadores a fachada e os sistemas
elétrico e hidráulico.
A implosão do edifício chegou a
ser estudada. Nos seus 21 mil m2,
viviam 1.200 pessoas em 24 quitinetes por andar. O futuro prédio
terá 15 apartamentos por andar,
creche, capela, mirante e um restaurante-escola.
Maria Amélia do Nascimento
Oliveira, 26, que mora com o marido, Sérgio, e os filhos Denilson,
6, e Paulo Sérgio, 1, no 1º andar, já
ocupou outros três apartamentos
em dez anos. Não saiu do prédio
pois o marido está com o nome na
lista de inadimplentes e não consegue alugar um imóvel. A solução, segundo ela, será transferir o
apartamento no São Vito para seu
nome e pedir a bolsa-aluguel.
Nas redondezas do prédio, também passam por obras o Mercado
Municipal e o Palácio das Indústrias, antiga sede da prefeitura.
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