Camila Francisco e Manoel Paulino da Silva estavam em carro no Guarujá


Ele era diretor executivo de jornal; criminosos fugiram sem levar nada, e polícia afirma que não descarta nenhuma hipótese

MARIANA CAMPOS
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS

Os advogados Manoel Paulino da Silva, 49, e Camila Francisco, 26, foram assassinados a tiros na manhã de anteontem no bairro Santa Rosa, no Guarujá (87 km de SP).
De acordo com a polícia, Silva, que era diretor-executivo do "Hoje Jornal", de São Bernardo do Campo, teria ido ao cartório e depois apanhado a advogada, que prestava serviços para ele. Ele dirigia um Mercedes E320 prata.
Depois de pegar a advogada, eles teriam sido perseguidos e atingidos por tiros. Baleado, Silva perdeu o controle do carro e bateu em um muro.
Os criminosos fugiram sem levar nada. De acordo com o delegado Carlos Battista, nenhuma hipótese está descartada.
"Estamos verificando as circunstâncias dos assassinatos. Ainda estamos na fase de coleta de informações. Nada foi subtraído das vítimas, nem houve uma abordagem, o que acontece quando há intenção de roubar. Já foram atirando."
Questionado se o crime poderia ter relação com alguma reportagem publicada no "Hoje Jornal", o delegado afirmou que não tinha essa informação.
O diretor administrativo do "Hoje Jornal", José Carlos Caramori Alves, afirmou não acreditar que haja relação entre o crime e algo que tenha sido publicado. O "Hoje Jornal" é uma publicação diária, que circula há aproximadamente 25 dias em São Bernardo e tem tiragem de 5.000 exemplares.
"Se ele tinha alguma indisposição com alguém, não era do nosso conhecimento. O nosso jornal é novo, estamos na 24ª edição. Ele nunca se mostrou bravo, indignado, sempre mostrou uma postura serena e era apaixonado pelo jornalismo", afirmou Alves.
Silva morava com a mulher -que precisou ser sedada anteontem- na Enseada, no Guarujá. Ele tinha três filhas, de seu primeiro casamento.


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