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POLÍCIA
Maconha e cocaína foram encontradas em armários de sargentos, que alegam que drogas foram "plantadas'
Corregedoria acha droga na Rota
ANDRÉ LOZANO
da Reportagem Local
A Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo encontrou cocaína, maconha e pedras que pareciam ser de crack nos armários de
dois sargentos do 1º Batalhão de
Choque, unidade que abriga a Rota (Rondas Ostensivas Tobias de
Aguiar). Os dois armários ficam
no interior do quartel e continham
70 gramas de drogas.
O episódio ocorreu no dia 21 de
maio e consta do relatório do segundo trimestre da Ouvidoria de
Polícia de São Paulo, que foi divulgado ontem. "O caso é de extrema
gravidade", disse o ouvidor Benedito Domingos Mariano.
Além desse, Mariano apontou
um outro caso de "extrema gravidade" envolvendo policiais civis
de Santo André, na Grande São
Paulo (leia texto nesta página).
O ouvidor se disse preocupado
com o envolvimento de policiais
com drogas. Esse tipo de denúncia
quadruplicou no primeiro semestre deste ano em comparação com
o mesmo período do ano passado:
de 21 para 87 casos denunciados.
De acordo com o corregedor da
PM, coronel Luiz Alberto de Oliveira Guimarães, os dois sargentos
estão afastados e foi aberto Inquérito Policial Militar para apurar o
caso. Os suspeitos afirmam que
não sabiam da existência de drogas em seus armários e dizem que
ela pode ter sido colocada lá por
outras pessoas.
Os procedimentos que levaram à
apreensão da droga começaram
em 14 de abril, quando a ouvidoria
recebeu uma denúncia anônima
sustentando que em cinco armários do batalhão havia máquinas
de choque escondidas.
No dia da revista, que teve a participação do corregedor Guimarães, do comandante da Rota, tenente-coronel Alberto da Silveira,
e de outros oficiais, o ouvidor permaneceu no gabinete do comando
da Rota.
Os oficiais se dirigiram ao alojamento dos oficiais. O primeiro armário verificado não apresentou
nenhuma irregularidade.
No segundo armário, pertencente a um sargento, foram encontrados, segundo relatório do corregedor Guimarães, "seis papelotes de
um pó branco, semelhante a cocaína, nove porções de substância
semelhante a maconha e três pedras de crack, além de chaves do
tipo "micha' (falsa)".
O terceiro armário aberto continha, ainda de acordo com o relatório da corregedoria, "seis porções semelhantes a maconha e um
revólver calibre 38 particular".
Os quarto e quinto armários
abertos não apresentaram irregularidades. Em nenhum deles foi
encontrado aparelho de choque.
O corregedor disse que, até as
22h de ontem, tinha a informação
confirmada pela perícia da presença de maconha e cocaína nos
armários abertos. Ele não tinha a
confirmação das pedras de crack.
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