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ITÁLIA
Polícia envolve o jogador Ronaldo e outras personalidades na investigação sobre presa suspeita de chefiar rede
Brasileira é acusada de agenciar prostitutas
HUMBERTO SACCOMANDI
editor-adjunto de Mundo
A polícia italiana envolveu o jogador brasileiro Ronaldo na investigação de uma suposta rede
de prostituição de luxo em Milão
(norte da Itália).
A rede seria chefiada pela brasileira Lázara Souza de Morais, 32,
natural de Goiás e que mora há
vários anos na Itália, segundo inquérito concluído ontem pela polícia italiana.
O inquérito foi encaminhado à
Justiça do país, que deverá decidir
agora se Lara (como a brasileira é
conhecida) será processada. Ela é
acusada de favorecimento de
prostituição e também de tráfico
de drogas para consumo pessoal.
No curso das investigações, vários nomes famosos surgiram como supostos clientes da rede de
prostituição, como o ator Luca
Barbareschi e os jogadores de futebol Igor Shalimov e Nicola Berti,
que jogou na Inter de Milão, time
de Ronaldo.
Segundo a agência de notícias
italiana "Ansa", Ronaldo figuraria na lista de supostos clientes de
Lara e haveria no inquérito fotos
dos dois juntos. Os dois teriam sido apresentados por Berti.
Ronaldo negou ontem que tenha conhecido Lara na Itália (leia
texto nesta página).
O advogado da brasileira, Rafaelle Della Valle, confirmou à Folha que Lara diz conhecer Ronaldo, mas que ela negou em depoimento o envolvimento do jogador com prostituição e drogas
(leia texto nesta página).
Segundo Della Valle, o nome de
Ronaldo foi associado ao caso
porque um travesti brasileiro disse, em depoimento à polícia, ter
visto o jogador brasileiro numa
das festas promovidas por Lara.
Lara nega que Ronaldo tenha
participado de suas festas, nas
quais, segundo a polícia, eram arranjados programas com prostitutas e havia consumo de cocaína.
O caso está sendo investigado
desde fevereiro. Lara chegou a ser
presa duas vezes, em fevereiro e
em março, ficando 120 dias detidas. Atualmente, ela está em prisão domiciliar, em sua casa em
Milão.
Segundo a Folha apurou com a
agência "Ansa", sabia-se que o caso envolvia jogadores de futebol e
outras personalidades, mas ele foi
conduzido com muito sigilo.
Na casa de Lara, a polícia italiana teria encontrado a suposta lista
de clientes, fotos da brasileira com
muitas pessoas e uma grande
quantia em dinheiro.
Segundo a agência de notícias
"Efe", os programas com prostitutas que seriam agenciados pela
brasileira custavam entre R$ 500 e
R$ 1.000.
Entre os clientes, havia ainda
empresários famosos na Itália.
A acusação de tráfico de droga
envolve principalmente o motorista da brasileira, Aldo Piero Porta, que também está em prisão
domiciliar.
Com as agências internacionais
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