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MEIO AMBIENTE
Convênio começa em agosto
Exército atuará contra fogo na Amazônia
AUGUSTO GAZIR
da Sucursal de Brasília
O Exército vai, a partir de agosto, empregar seis helicópteros e
70 homens na Amazônia para
prevenir, fiscalizar e controlar o
desmatamento e as queimadas na
região, de acordo com convênio
assinado ontem com o Ibama
(Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis).
O general Luciano Casales, do
Comando de Operações Terrestres, afirmou que a fiscalização
começa com atraso de um mês,
devido "a uma burocracia imaginosa" e a dificuldades em acertar
os detalhes.
Segundo o ministro do Meio
Ambiente, José Sarney Filho, a expectativa do governo, com o convênio, é reduzir em 30% o desmatamento neste ano, já que a ação
predadora começa no primeiro
semestre. "No ano que vem, vamos prevenir a totalidade do desmatamento."
"Mesmo assim, só com repressão não inverteremos a tendência
do desmatamento. Estaremos
apresentando alternativas de atividade econômica para a região",
disse o ministro.
Ele afirmou que o ministério revisará todos os planos de manejo
da área.
O acordo assinado ontem prevê
o repasse de R$ 1,06 milhão do
Ibama para que o Exército realize
a fiscalização. Os recursos saíram
de um programa do Bird (Banco
Mundial).
O convênio vale até o fim deste
ano e é prorrogável. O Ibama já
tem 350 fiscais na região, mas não
dispõe de helicópteros.
A área que será fiscalizada em
conjunto pelo órgão ambiental e
pelo Exército corresponde a 990
mil km2.
No biênio 1996/97, segundo a
assessoria de imprensa do ministério, 13,3 mil km2 foram desmatados na região. A projeção para
98 é de uma destruição de 16,8 mil
km2 -os números do ano passado não foram fechados. Caso isso
se confirme, a Amazônia terá em
20 anos (de 1978 a 98) 13,7% de
sua área desmatada.
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