São Paulo, domingo, 22 de agosto de 2004

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PLANTÃO MÉDICO

Doença simula mal psiquiátrico

JULIO ABRAMCZYK

Algumas doenças neurológicas apresentam sintomas que podem simular problemas psiquiátricos. É o caso da doença de Huntington. Células de centros específicos do cérebro são vulneráveis a eventuais anormalidades e acabam por provocar as denominadas doenças neurodegenerativas.
Às várias teorias sobre a causa da morte de células cerebrais na doença de Huntington, o professor Hyemyung Seo e colaboradores acrescentam mais uma na revista "Annals of Neurology" de julho. Segundo eles, como a doença é provocada pela mutação de um gene, essa mutação estimularia a formação de uma proteína anormal (huntingtina), que se acumularia dentro das células nervosas do cérebro e causaria nelas danos irreversíveis.
Como a doença resulta da perda de células de uma região específica do cérebro (gânglios da base), é afetada a capacidade cognitiva do paciente (memória e pensamento), seus movimentos e seu equilíbrio emocional, explica o site da Associação Brasil Huntington (www.abh.org.br).
Essa sintomatologia costuma surgir entre os 30 e 50 anos, sem distinção de raça ou sexo, mas pode afetar crianças e idosos.
A doença de Huntington é hereditária (filho de portador do gene tem 50% de chance de herdar o gene). Recebeu o nome do médico norte-americano George Huntington, que a descreveu em 1872. A doença foi por ele denominada "coréia hereditária".

PSIQUIATRIA

Congresso debate cultura e diversidade
O 22º Congresso Brasileiro de Psiquiatria (tel. 0/xx/21/2221-4409, site www.abpbrasil.org.br) acontece de 13 a 16 de outubro, em Salvador (BA), tendo como temas oficiais a ciência, a cultura e a diversidade na psiquiatria. Uma reunião pré-congresso, no dia 12, promove o 8º Encontro Brasileiro de Interconsulta Psiquiátrica, com o psiquiatra norte-americano James Strain, e debates sobre "Somatização, doença clínica e relação médico-paciente" e sobre "Fibromialgia e somatização", entre outros temas.

CARDIOGERIATRIA

Obra estuda coração do idoso
Os fatores básicos que afetam o coração do idoso, a prevenção dos fatores de risco em octogenários, a hipertensão arterial nessa faixa etária e o estudo das ações das drogas em pessoas com mais de 65 anos estão presentes nos 13 capítulos e 210 páginas do livro "Cardiogeriatria: Um Tema Atual", do professor Iseu Gus e de colaboradores do Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul, do Hospital das Clínicas de Porto Alegre, do Instituto Dante Pazanese de Cardiologia de São Paulo e da disciplina de cardiologia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Lançado pela Medline Editora (tel. 0/xx/21/2425-0550), o livro atualiza os conhecimentos médicos sobre o coração do idoso.


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