São Paulo, domingo, 22 de agosto de 2004

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RIO

Secretário Anthony Garotinho determinou as prisões

Presos oficial e seis PMs acusados de forjar prisão de ex-traficante

DA SUCURSAL DO RIO

Seis policiais militares foram presos ontem sob acusação de terem forjado a prisão do ex-traficante José Roberto da Silva Filho, o Robertinho de Lucas, na noite da última segunda-feira.
Anteontem, pelo mesmo fato, já havia sido preso o ex-comandante da unidade, o tenente-coronel Lourenço Pacheco. Silva Filho já foi solto por falta de provas. As prisões foram determinadas pelo secretário de Segurança Pública, Anthony Garotinho.
Em depoimento à Polícia Civil, Silva Filho disse que foi abordado em uma blitz da PM. Segundo ele, Pacheco ameaçou prendê-lo caso não convencesse moradores da favela Parada de Lucas (zona norte) a retirar a acusação contra ele e outros policiais de ligação no assassinato do guardador de carros Leandro Santos Silva em 2003.
O guardador de carros foi morto um dia após ter denunciado os policiais por tortura e extorsão. A suspeita de participação no crime levou Pacheco- na época comandante da unidade- a ser exonerado e preso por 30 dias.
Silva Filho diz que não aceitou o acordo e foi preso sob a acusação de portar uma arma. O juiz Roberto Lacê Brandão determinou o relaxamento da prisão por ter encontrado irregularidades.
Após investigar o fato, Garotinho determinou a prisão administrativa de Pacheco e dos outros PMs. A Folha não obteve autorização para ouvir os acusados.
Um dos maiores traficantes do Rio nos anos 90, Silva Filho foi solto em 2002 após o STJ (Superior Tribunal de Justiça) extinguir processo no qual era condenado por tráfico de drogas. Silva Filho alega ter abandonado o tráfico.


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