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No CE, leitos de UTI prontos não têm médicos
KAMILA FERNANDES
DA AGÊNCIA FOLHA, EM FORTALEZA
O governo do Ceará concluiu
a instalação de equipamentos
modernos para a criação de 20
leitos de UTI no maior hospital
do Estado, o Hospital Geral de
Fortaleza, mas, apesar de estarem prontos, nada foi inaugurado por falta de médicos.
A inauguração amenizaria
parte do déficit do Estado, de
cerca de 200 leitos de UTI, que
tem gerado filas de espera de
pacientes. O Ceará tem, inclusos os hospitais particulares
conveniados ao SUS, 465 leitos
de UTI, concentrados principalmente em Fortaleza.
O secretário executivo da Secretaria de Saúde do Estado,
José Arruda Bastos, disse que
iniciou negociação com a cooperativa de intensivistas e que
espera inaugurar os 20 leitos
em setembro. Médicos que passaram no concurso em 2006 estão sem data para convocação.
Para o Conselho Regional de
Medicina e a Cooperativa dos
Médicos Intensivistas do Ceará, contratar especialistas para
terapia intensiva com os valores ofertados pelo governo não
será fácil. Um plantão de 12 horas de um intensivista custa ao
Estado entre R$ 500 e R$ 600,
segundo Bastos.
Paraíba
Na Paraíba, os médicos do
PSF (Programa Saúde da Família) de João Pessoa encerraram
a greve iniciada na segunda.
Apesar de pedirem equiparação salarial com os profissionais de Campina Grande, que
recebem R$ 4.500, aceitaram o
reajuste proposto pela prefeitura que eleva para R$ 4.125 o
salário do prestador de serviço
e para R$ 4.000 o do médico
efetivo. Já os cirurgiões manterão suspensas as cirurgias cardíacas em João Pessoa.
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