São Paulo, quarta-feira, 22 de agosto de 2007

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No CE, leitos de UTI prontos não têm médicos

KAMILA FERNANDES
DA AGÊNCIA FOLHA, EM FORTALEZA

O governo do Ceará concluiu a instalação de equipamentos modernos para a criação de 20 leitos de UTI no maior hospital do Estado, o Hospital Geral de Fortaleza, mas, apesar de estarem prontos, nada foi inaugurado por falta de médicos.
A inauguração amenizaria parte do déficit do Estado, de cerca de 200 leitos de UTI, que tem gerado filas de espera de pacientes. O Ceará tem, inclusos os hospitais particulares conveniados ao SUS, 465 leitos de UTI, concentrados principalmente em Fortaleza.
O secretário executivo da Secretaria de Saúde do Estado, José Arruda Bastos, disse que iniciou negociação com a cooperativa de intensivistas e que espera inaugurar os 20 leitos em setembro. Médicos que passaram no concurso em 2006 estão sem data para convocação.
Para o Conselho Regional de Medicina e a Cooperativa dos Médicos Intensivistas do Ceará, contratar especialistas para terapia intensiva com os valores ofertados pelo governo não será fácil. Um plantão de 12 horas de um intensivista custa ao Estado entre R$ 500 e R$ 600, segundo Bastos.

Paraíba
Na Paraíba, os médicos do PSF (Programa Saúde da Família) de João Pessoa encerraram a greve iniciada na segunda.
Apesar de pedirem equiparação salarial com os profissionais de Campina Grande, que recebem R$ 4.500, aceitaram o reajuste proposto pela prefeitura que eleva para R$ 4.125 o salário do prestador de serviço e para R$ 4.000 o do médico efetivo. Já os cirurgiões manterão suspensas as cirurgias cardíacas em João Pessoa.

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