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Filha de ex-ministro é suspeita de ter esfaqueado pais, diz delegada
Defesa de Adriana Villela diz que é uma "condenação precipitada"
FILIPE COUTINHO
DE BRASÍLIA
A delegada Mabel Alves
disse ontem que Adriana Villela, 46, filha do ex-ministro
do TSE (Tribunal Superior
Eleitoral) Guilherme Villela e
da advogada Maria Carvalho
Villela, assassinados em
agosto de 2009, é suspeita de
ter esfaqueado os pais.
De início, a polícia investigava Adriana como mandante do crime. Segunda a delegada, ela agora também é investigada como a pessoa que
desferiu mais de 70 facadas
nos pais e em Francisca da
Silva, empregada do casal.
"Temos as duas vertentes
e não posso afastar que ela
tenha participado da execução", disse Mabel Alves.
A defesa de Adriana nega a
acusação e diz que se trata de
"condenação precipitada".
A principal motivação para o crime, diz a delegada, é a
fortuna que seria herdada
com a morte dos pais, família
tradicional na advocacia brasiliense. "As brigas eram
constantes. Não existe até
agora outra motivação a não
ser os conflitos daquela família por questões financeiras."
Adriana e a vidente Rosa
Maria Jaques estão presas
temporariamente sob a acusação de atrapalharem as investigações e pela suspeita
de homicídio. Segundo a delegada, Adriana teria usado a
vidente e outras três pessoas
para fraudar provas e incriminar pessoas que não estavam envolvidas no caso.
O principal elemento que
embasou a prisão foi uma
prova que a polícia alega ter
sido "plantada" para incriminar dois suspeitos do crime, depois inocentados. Trata-se da chave do apartamento do casal, que teria sido encontrada com os suspeitos.
Perícia constatou, porém,
que a chave era a mesma recolhida pela polícia no apartamento do casal, ou seja,
não poderia ter sido levada
pelos criminosos após o crime -o que resultou no afastamento da primeira delegada responsável pelo caso.
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