São Paulo, domingo, 22 de agosto de 2010

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Filha de ex-ministro é suspeita de ter esfaqueado pais, diz delegada

Defesa de Adriana Villela diz que é uma "condenação precipitada"

FILIPE COUTINHO
DE BRASÍLIA

A delegada Mabel Alves disse ontem que Adriana Villela, 46, filha do ex-ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Guilherme Villela e da advogada Maria Carvalho Villela, assassinados em agosto de 2009, é suspeita de ter esfaqueado os pais.
De início, a polícia investigava Adriana como mandante do crime. Segunda a delegada, ela agora também é investigada como a pessoa que desferiu mais de 70 facadas nos pais e em Francisca da Silva, empregada do casal.
"Temos as duas vertentes e não posso afastar que ela tenha participado da execução", disse Mabel Alves.
A defesa de Adriana nega a acusação e diz que se trata de "condenação precipitada".
A principal motivação para o crime, diz a delegada, é a fortuna que seria herdada com a morte dos pais, família tradicional na advocacia brasiliense. "As brigas eram constantes. Não existe até agora outra motivação a não ser os conflitos daquela família por questões financeiras."
Adriana e a vidente Rosa Maria Jaques estão presas temporariamente sob a acusação de atrapalharem as investigações e pela suspeita de homicídio. Segundo a delegada, Adriana teria usado a vidente e outras três pessoas para fraudar provas e incriminar pessoas que não estavam envolvidas no caso.
O principal elemento que embasou a prisão foi uma prova que a polícia alega ter sido "plantada" para incriminar dois suspeitos do crime, depois inocentados. Trata-se da chave do apartamento do casal, que teria sido encontrada com os suspeitos.
Perícia constatou, porém, que a chave era a mesma recolhida pela polícia no apartamento do casal, ou seja, não poderia ter sido levada pelos criminosos após o crime -o que resultou no afastamento da primeira delegada responsável pelo caso.


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