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Centro de hemodiálise é interditado por 18 h
RANIER BRAGON
free-lance para a Agência Folha, em Belo Horizonte
Uma das unidades que realizam hemodiálise (processo de filtragem do sangue) no hospital
Felício Rocho, em Belo Horizonte
(MG) foi liberada ontem, depois
de ficar 18 horas interditada.
O hospital recebeu da Vigilância Sanitária Estadual (que agiu
depois de ser intimada pelo Ministério Público), às 18h50 de anteontem, autos de infração e interdição da unidade de hemodiálise do 3º andar.
O local foi interditado por não
ter se adaptado a tempo às normas previstas na portaria 2.042
do Ministério da Saúde.
As irregularidades foram constatadas na última vistoria feita no
hospital, em março. Segundo a
Vigilância, o Felício Rocho foi
alertado para efetuar as mudanças e não tomou providências.
Em reunião ontem à tarde, entre a Secretaria Estadual da Saúde, a direção do Felício Rocho, o
Ministério Público e usuários da
unidade de hemodiálise do hospital, ficou decidido que a interdição está suspensa por 15 dias.
O secretário estadual da Saúde,
Armando Costa, disse que a decisão foi fruto da pressão dos pacientes, que não quiseram interromper o tratamento. O hospital
divulgou uma nota informando
que os pacientes renais crônicos
continuarão o tratamento "sem
qualquer interrupção".
A Associação de Pacientes Renais assinou um termo de responsabilidade sobre as consequências do tratamento.
Será formada uma comissão
para avaliar a situação atual do
serviço e apresentar ao secretário
da Saúde sugestões para a solução dos problemas. O prazo para
implantação das soluções é de 15
dias, a partir de hoje.
A portaria 2.042, que normatiza
o tratamento da hemodiálise, foi
baixada pelo então ministro da
Saúde, Adib Jatene, em 10 de outubro de 1996. Ela dava às unidades de tratamento de hemodiálise
um prazo de dois anos para se
adaptarem às normas mínimas
de funcionamento. O prazo venceu em outubro de 1998.
O hospital Felício Rocho atende
atualmente 278 pacientes nas
duas unidades de hemodiálise.
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