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PANORÂMICA
DNA
Exame de investigação de paternidade demora até 20 meses para ficar pronto
A espera para obter o resultado de exames gratuitos de investigação de paternidade feitos no
Imesc (Instituto de Medicina
Social e Criminológica), que
desde 2000 recebe a maioria dos
pedidos encaminhados pela Justiça em todo o país, demora até
20 meses. Na última sexta-feira,
quem obtivesse recomendação
da Justiça para ser submetido ao
teste só o marcaria para 11 de
novembro de 2004 e teria o resultado do exame seis meses
após a coleta de sangue.
E a fila de espera não pára. A
cada dia útil, cem novos pedidos
de exames chegam ao Imesc. A
partir de 2000, a média mensal
de pedidos desse teste no Imesc
saltou de 40 para 1.200.
Aliado à gratuidade -pago, o
exame custa R$ 1.200-, um dos
motivos da explosão, segundo
Jonas de Almeida, superintendente do Imesc, foi a divulgação
do teste nos programas populares da TV. "Muita gente foi influenciada pela televisão."
Para realizar o teste, mãe, filho
e possíveis pais comparecem ao
instituto em dia previamente
agendado para a coleta do sangue. Segundo o Imesc, o caso
mais atípico foi o de uma mãe
que indicou 12 homens como
"prováveis pais de seu filho".
Antes do advento do DNA, os
processos de investigação de paternidade limitavam-se à tipagem sanguínea e a outros "marcadores genéticos", como a aparência física. "Esses métodos,
porém, só excluíam a paternidade, não a comprovavam", diz
Décio Brunoni, professor de genética da Escola Paulista de Medicina. Segundo ele, com o teste
de DNA, o resultado é 99% certo. "Não existe singularidade
maior em um indivíduo", diz.
A Organização Mundial da
Saúde estima que possa chegar a
10%, em todo o mundo, o índice
de paternidades que não são legítimas.
(DO "AGORA")
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