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São Paulo, segunda-feira, 22 de setembro de 2003

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PANORÂMICA

DNA

Exame de investigação de paternidade demora até 20 meses para ficar pronto

A espera para obter o resultado de exames gratuitos de investigação de paternidade feitos no Imesc (Instituto de Medicina Social e Criminológica), que desde 2000 recebe a maioria dos pedidos encaminhados pela Justiça em todo o país, demora até 20 meses. Na última sexta-feira, quem obtivesse recomendação da Justiça para ser submetido ao teste só o marcaria para 11 de novembro de 2004 e teria o resultado do exame seis meses após a coleta de sangue.
E a fila de espera não pára. A cada dia útil, cem novos pedidos de exames chegam ao Imesc. A partir de 2000, a média mensal de pedidos desse teste no Imesc saltou de 40 para 1.200.
Aliado à gratuidade -pago, o exame custa R$ 1.200-, um dos motivos da explosão, segundo Jonas de Almeida, superintendente do Imesc, foi a divulgação do teste nos programas populares da TV. "Muita gente foi influenciada pela televisão."
Para realizar o teste, mãe, filho e possíveis pais comparecem ao instituto em dia previamente agendado para a coleta do sangue. Segundo o Imesc, o caso mais atípico foi o de uma mãe que indicou 12 homens como "prováveis pais de seu filho".
Antes do advento do DNA, os processos de investigação de paternidade limitavam-se à tipagem sanguínea e a outros "marcadores genéticos", como a aparência física. "Esses métodos, porém, só excluíam a paternidade, não a comprovavam", diz Décio Brunoni, professor de genética da Escola Paulista de Medicina. Segundo ele, com o teste de DNA, o resultado é 99% certo. "Não existe singularidade maior em um indivíduo", diz.
A Organização Mundial da Saúde estima que possa chegar a 10%, em todo o mundo, o índice de paternidades que não são legítimas. (DO "AGORA")


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