DE SÃO PAULO

A Adusp (sindicato dos docentes da USP) classificou como "apressadas" as mudanças aprovadas pela universidade para seus cursos de graduação.
"A discussão começou em maio e já está tudo aprovado. Muitas congregações nem se manifestaram sobre o assunto", afirmou o presidente da entidade, João Zanetic, referindo-se aos órgãos que apresentam a posição final das unidades.
"Eu mesmo fiquei sabendo do texto um dia antes da votação. Foi tudo muito corrido, considerando o tamanho das mudanças que se quer implementar", disse.
A aprovação das diretrizes ocorreu na terça-feira da semana passada pelo Conselho Universitário -órgão máximo que reúne reitoria, diretores de unidades e representantes de todos os segmentos da instituição.
Sem saber especificamente das críticas do sindicato, o reitor João Grandino Rodas disse que "tanto o recurso público quanto o tempo são finitos, por isso, não podemos começar projetos que nunca vão acabar".
Rodas afirmou que a proposta recebeu sugestões de diversas unidades.
O presidente da Adusp disse que vê "com preocupação" a distribuição de recursos com base no alinhamento das propostas da reitoria e do histórico de execução de verbas. "É complicado usar diretrizes aprovadas dessa maneira."
Zanetic disse também estar apreensivo com a possibilidade do fechamento de cursos de baixa demanda.
"Muitos cursos, apesar de pouco procurados, têm importância social, de preservação de conhecimentos, por exemplo." (FT)


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