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São Paulo, sábado, 22 de novembro de 2003
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VIOLÊNCIA 2 são denunciados por ligação com suposto grupo de extermínio em Ribeirão O Ministério Público de Ribeirão Preto (SP) denunciou, pela primeira vez, acusados de envolvimento no suposto grupo de extermínio que agiria na cidade. O carcereiro Tiago Ferreira Moreira e o investigador Ricardo José Guimarães foram denunciados por homicídio duplamente qualificado pelo assassinato de Thiago Xavier Stéfani, 21, em maio deste ano. O Ministério Público apura outros 22 casos que seriam ligados ao grupo, somando mais de 30 mortes. Moreira está preso -foi flagrado escoltando cargas roubadas. Guimarães está afastado por causa da acusação de ter também escoltado cargas roubadas. Eles agiriam juntos. Stéfani foi morto ao chegar em casa. Ele namorou Fernanda Pereira Vedovato, que, depois, teve relacionamento com o policial Guimarães, e ela seria a pivô do crime. Segundo a denúncia, o investigador pediu ajuda de Moreira para matar o jovem. Cerca de um mês antes de matá-lo, Guimarães teria espancado Stéfani na frente de outras pessoas em um bar. No dia 13 de maio, Stéfani foi baleado. Não se sabe qual arma foi usada. Segundo o advogado dos acusados, Antonio Roberto Sanches, 46, eles ainda não foram citados formalmente. "Ainda não tive tempo de ler a denúncia para poder comentá-la." Ele afirmou que cuidará da defesa de Guimarães e que não sabe ainda se também defenderá Moreira. "Os dois dizem e sustentam ser inocentes", disse Sanches. Segundo o deputado Orlando Fantazzini (PT-SP), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados e membro da comissão que investigou grupos de extermínio em Ribeirão Preto e Guarulhos, cabe agora ao Ministério Público denunciar acusados, pois, nesses casos, o corporativismo da polícia impede avanços. (FREE-LANCE PARA A FOLHA RIBEIRÃO) Texto Anterior: Panorâmica - Minas Gerais: Grupo que saqueava hospital é detido Próximo Texto: Mato Grosso do Sul: Vazamento de amônia deixa 13 intoxicados Índice |
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