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Família de Curitiba está há mais de 24 horas em São Paulo para embarcar
DANIELA TOFÓLI
DA REPORTAGEM LOCAL
Para a família de Rita de
Cássia Correa, 46, o aeroporto de Congonhas seria só uma
escala. Mas às 22h30 de ontem, o marido, o pai de 75
anos e duas filhas adolescentes não sabiam quando iam finalmente seguir para o destino final, que é Fortaleza. Os
cinco estão desde ontem só
com a roupa da corpo. Vindos
de Curitiba, eles adquiriram
um pacote por uma operadora de turismo para ir à capital
do Ceará.
O vôo deveria ter saído de
Congonhas anteontem às
22h15. Eles entraram na sala
de embarque e deveriam ir
depois para o portão 4. Às
23h15, o marido foi fumar e
descobriu que o embarque
era feito pelo portão 17. Como
o pai dela anda com dificuldades, eles não chegaram a tempo. Segundo Rita de Cássia,
ninguém avisou o novo portão de embarque.
No balcão da TAM, havia
mais 30 pessoas na mesma situação. A TAM disse que não
podia fazer mais nada por
eles, pois o vôo era fretado pela operadora. Era mais de
meia-noite e não havia ninguém no balcão da agência. A
família, então, teve de pagar
um hotel lá perto.
Ontem, antes das 7h, os
cinco voltaram a Congonhas
e a empresa de turismo conseguiu colocá-los num vôo
para Natal, que estava previsto para sair às 22h15 de ontem. Mas até as 22h ainda não
estava confirmado. A família
pode ser forçada a passar
mais uma noite em SP.
"A gente só tem o fim de
ano para descansar. O sonho
das minhas filhas era conhecer o Nordeste. Está virando
um pesadelo", disse Rita.
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