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Jorge Weber, a indústria e a política
WILLIAN VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Política para ele só valia
a pena se tivesse ligação
com a indústria -e é na
confluência desses campos que o empresário Jorge Aloysio Weber será
lembrado.
Gaúcho de Passo Fundo
(RS), formou-se em administração de empresas, fez
MBA na Argentina e trabalhou com comércio exterior. Mas foi como representante da Telos, indústria de arquivos de escritório, que ele alavancaria a sua carreira como
"grande político industrial".
Convidado para trabalhar na sede em Curitiba,
em poucos anos comprou
ações e tornou-se sócio
majoritário. Por meio da
Telos, Weber foi presidente da Fiep (Federação das
Indústrias do Estado do
Paraná) três vezes.
Como vice-presidente
da CNI (Confederação Nacional da Indústria), viajou o mundo em comitivas
de empresários -era figura presente nas discussões
entre Brasil e EUA pela Alca. E foi secretário estadual da Indústria e Comércio no primeiro mandato do governador Roberto Requião, em 1991.
Seu maior hobby era ir à
sauna do clube, que freqüentava religiosamente
aos sábados. "Eu dizia que
não queria morrer aos sábados, senão ele não iria
[ao velório]", relembra a
viúva, Maria Luíza Renner
Weber.
Ele morreu no dia 12 em
Curitiba, aos 79, por complicações do mal de Alzheimer. Tinha dois filhos
e quatro netos.
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