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Sequestrador de irmão de dupla deve ser profissional, diz polícia
MARCELO TEIXEIRA
da Agência Folha, em Goiânia
O sequestro do compositor Wellington José de Camargo, irmão
dos cantores sertanejos Zezé di
Camargo e Luciano, completa hoje seis dias, sem que a família tenha recebido qualquer contato das
pessoas que o sequestraram em
casa, em Goiânia (GO).
Segundo o delegado Marcos
Martins Machado, coordenador-chefe do GAS (Grupo Anti-Sequestro) de Goiás, a demora
na realização do primeiro contato
pode ser um indicativo de que as
pessoas que levaram Wellington
são profissionais de sequestro.
Machado disse que grupos amadores ficam mais ansiosos e fazem
o contato logo após o desaparecimento da vítima. "Profissionais
possuem mais estrutura, geralmente esperam mais para fazer
contato e tomam mais tempo para
levar uma possível negociação ao
fim", afirmou o delegado.
Segundo Machado, a integridade física do sequestrado tende a
ser preservada com profissionais.
A família contratou o advogado
Paulo Viana para ser o negociador
com os sequestradores -que, se
espera, entrem em contato pedindo pagamento de resgate. A pedido da família, a polícia está fora do
caso neste momento.
No final da tarde de ontem, o
cantor Zezé di Camargo falou brevemente aos jornalistas, ao sair do
apartamento de seu irmão, Emanuel Camargo, no setor Bueno,
em Goiânia. Ele disse que a dupla
vai retomar os shows a partir de 5
de janeiro, independentemente de
o sequestro ter terminado ou não.
"A vida tem de continuar."
Zezé afirmou que não acredita
na hipótese de vingança e acha que
o desaparecimento de seu irmão é
realmente um sequestro. A família
Camargo recebeu a visita de um
empresário do setor de transportes de Goiânia que já teve o pai e a
filha sequestrados. Ele tentou
tranquilizar a família.
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