São Paulo, terça, 22 de dezembro de 1998

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Sequestrador de irmão de dupla deve ser profissional, diz polícia

MARCELO TEIXEIRA
da Agência Folha, em Goiânia

O sequestro do compositor Wellington José de Camargo, irmão dos cantores sertanejos Zezé di Camargo e Luciano, completa hoje seis dias, sem que a família tenha recebido qualquer contato das pessoas que o sequestraram em casa, em Goiânia (GO).
Segundo o delegado Marcos Martins Machado, coordenador-chefe do GAS (Grupo Anti-Sequestro) de Goiás, a demora na realização do primeiro contato pode ser um indicativo de que as pessoas que levaram Wellington são profissionais de sequestro.
Machado disse que grupos amadores ficam mais ansiosos e fazem o contato logo após o desaparecimento da vítima. "Profissionais possuem mais estrutura, geralmente esperam mais para fazer contato e tomam mais tempo para levar uma possível negociação ao fim", afirmou o delegado.
Segundo Machado, a integridade física do sequestrado tende a ser preservada com profissionais.
A família contratou o advogado Paulo Viana para ser o negociador com os sequestradores -que, se espera, entrem em contato pedindo pagamento de resgate. A pedido da família, a polícia está fora do caso neste momento.
No final da tarde de ontem, o cantor Zezé di Camargo falou brevemente aos jornalistas, ao sair do apartamento de seu irmão, Emanuel Camargo, no setor Bueno, em Goiânia. Ele disse que a dupla vai retomar os shows a partir de 5 de janeiro, independentemente de o sequestro ter terminado ou não. "A vida tem de continuar."
Zezé afirmou que não acredita na hipótese de vingança e acha que o desaparecimento de seu irmão é realmente um sequestro. A família Camargo recebeu a visita de um empresário do setor de transportes de Goiânia que já teve o pai e a filha sequestrados. Ele tentou tranquilizar a família.



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