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PLANTÃO MÉDICO
Pomba pode disseminar grave doença
JULIO ABRAMCZYK
Uma pesquisa da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul
alerta para a presença de fungo
causador de meningite, entre outras doenças, nas fezes de pombos
recolhidas em cinco parques de
Porto Alegre.
O Cryptococcus neoformans foi
encontrado em todas as 88 amostras analisadas. O fungo é um
agente infeccioso que pode provocar enfermidades graves do sistema nervoso.
O dado é resultado de um estudo da professora Adelina Mezzari, da Faculdade de Farmácia da
UFRS, e de dois estudantes da
mesma faculdade, Aline Reolon e
Leandro Réus Rodrigues Peres.
A pesquisa foi publicada no
"Jornal Brasileiro de Patologia e
Medicina Laboratorial".
Segundo os autores do projeto,
a presença do fungo nas gramas
dos parques é preocupante, já que
a principal fonte de contaminação do fungo nos seres humanos é
através das fezes dos pombos.
O tempo de contágio pelo fungo
é de um período de até dois anos.
O perigo, alertam os pesquisadores, está no fato de que o fungo
pode se dispersar no ar e, depois,
ser inalado pelas pessoas.
Eventualmente, a presença do
fungo pode causar infecção pulmonar, com nódulos solitários, e
formas extra-pulmonares, como
a meningite criptocócica e a hipertensão intracraniana.
Eles sugerem que haja uma vigilância constante das condições de
higiene dos locais de risco em
áreas de circulação pública.
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