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Curetagens pós-aborto no SUS caem 12%
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O número de curetagens
pós-aborto realizadas no
SUS (Sistema Único de Saúde) cai ano após ano no país,
conforme dados divulgados
pelo Ministério da Saúde.
Só no ano passado, essa redução foi da ordem de 12%.
Esse tipo de procedimento
-espécie de operação que
consiste em esvaziar o interior de uma cavidade com o
auxílio de uma cureta- costuma ser feito em casos de
abortos malsucedidos.
Esse número é frequentemente associado ao índice de
abortos realizados de forma
clandestina, embora o Ministério da Saúde avalie que
não seja possível fazer uma
relação direta entre esses
dois dados.
Pesquisa encomendada
pela pasta -com informações referentes ao ano de
2005- estimou que o número de abortos feitos fora do
amparo legal chegava a 1 milhão no país.
No mesmo ano, o ministério havia registrado 241 mil
curetagens na rede de hospitais do SUS. Esse montante
caiu para 214,3 mil em 2007
e fechou em 190 mil, até novembro do ano passado (veja
quadro). O ministério gastou
cerca de R$ 35,7 milhões
com curetagens em 2008.
Para a coordenadora da
área de saúde da mulher do
ministério, Lena Peres, o número de curetagens tem caído por conta dos programas
de planejamento familiar e
da maior distribuição de
contraceptivos.
Cristião Fernando Rosas,
da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia),
aponta também para políticas de planejamento familiar
e de educação sexual nas escolas como fatores que podem ter influenciado.
A diretora da ONG Ipas,
Leila Adesse, diz que a redução gradual de curetagens
nos hospitais públicos pode
indicar uma tendência de diminuição ou estabilidade.
"Curetagens, abortos legais e
abortos espontâneos são
usados como base nas estimativas de abortos clandestinos", afirma Adesse.
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