São Paulo, domingo, 23 de janeiro de 2011

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Zé do Caixão dá aula para futuros detetives no centro

Cineasta utiliza seu personagem clássico de filmes de terror durante reuniões de uma agência de espionagem

"O que diferencia bom detetive de outro é a arte de interpretar", diz José Mojica Marins, que leciona a cada 2 meses

RAPHAEL MARCHIORI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Quem anda na rua 24 de maio, centro de São Paulo, encontra galerias antigas e salas que abrigam comércios incomuns. Mas nada se compara à FBI (Federação Brasileira de Investigação), uma agência de espionagem que tem o cineasta José Mojica Marins, o Zé do Caixão, como um de seus professores.
Logo na entrada, chama a atenção um DVD com uma aula para detetives dada por Mojica. No vídeo, o personagem de filmes de terror ensina técnicas de interpretação, espionagem e investigação a futuros detetives.
Além disso, faz os alunos espirrarem, se coçarem e se encararem por alguns minutos sem uma única palavra.
"O que diferencia um bom detetive de outro é a arte de interpretar. O investigador nunca deve se expor e revelar sua identidade", diz Mojica.
Suas aulas presenciais podem ser conferidas na filial da FBI, na rua Sete de Abril, também no centro. O cineasta fez o curso há 20 anos e, por hobby, dá aulas a novo detetives a cada dois meses.
A FBI diz formar, em média, 60 alunos por mês em 25 cursos. O responsável pelo local é o paulistano Evódio Eloísio de Souza, 68, que se apresenta como professor em perícia criminal e diz ter dedicado mais de 30 anos de sua vida à espionagem.
Com outros quatro detetives fixos, Souza presta serviços de espionagem em geral. Sua especialidade é a contraespionagem industrial, que não sai por menos de R$ 500 a diária.
O exercício da profissão de detetive não tem uma regulamentação específica, mas é garantida, de forma indireta, pela Constituição Federal e consta na CBO (Classificação Brasileira de Ocupações) do Ministério do Trabalho.

FOLHA.com
Veja aula de Zé do Caixão
folha.com.br/ct864448


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