São Paulo, segunda-feira, 23 de fevereiro de 2004

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Desfile hoje no Rio vai do trânsito à Amazônia

Na Viradouro, luz representará santa

PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO

A segunda noite de desfile das escolas de samba do Rio, hoje, vai ser marcada pela diversidade de temas -muitos deles pouco usuais, como o trânsito, escolhido pela Mocidade Independente, e a história da correspondência, enredo da Porto da Pedra.
A Viradouro, penúltima a desfilar, vai retratar a festa da Virgem de Nazaré, realizada todo outubro em Belém (PA), com a reedição de um samba de 1975 da Unidos de São Carlos. A escola terá na comissão de frente um de seus trunfos: a coreógrafa Débora Colker irá reproduzir uma procissão.
O carnavalesco Mauro Quintaes diz que a escola não trará imagens de santos. Ele afirma que a primeira preocupação foi procurar a Arquidiocese do Rio de Janeiro. A Virgem será representada por feixes de luz. À frente da bateria, outro destaque: a atriz Juliana Paes.
Tentando o bicampeonato, a Beija-Flor conta as lendas da Amazônia e falará da ocupação da área e da dominação dos nativos.
A Imperatriz retratará o pau-brasil, com o enredo "Breazail". Segundo a escola, a origem do nome é celta e quer dizer "vermelhão". Os celtas usavam o dióxido de estanho como corante para a cor vermelha.
Assim como nos últimos anos, a modelo Luiza Brunet é a rainha da bateria da escola.
O Império Serrano trará para o Sambódromo um panorama do país de norte a sul com o enredo Aquarela Brasileira. O samba, original de Silas de Oliveira (1964), será reeditado neste ano.
A Tradição, que abre a noite, também recriará um enredo, "Contos de Areia", que fala de figuras da escola, relacionando-os a orixás do candomblé.
A Mocidade, do carnavalesco Chiquinho Spinosa, traz o enredo "Não Corra, Não Mate, Não Morra, Pegue Carona com a Mocidade, Educação no Trânsito".
Ao contar a história da correspondência, a Porto da Pedra retratará desde os mensageiros de antes de Cristo até o e-mail.


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