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Comandante da PM é morto em Araçatuba
DO "AGORA"
A polícia de Araçatuba (530 km
de São Paulo) prendeu na madrugada de ontem o empresário Fábio Bezerra, 25, e sua namorada, a
soldado da PM Miriam Cristina
Senche Zacarias, 35. Eles são acusados do assassinato, na noite de
anteontem, do ex-marido de Zacarias, o comandante da PM da
região de São José do Rio Preto,
tenente-coronel Paulo Roberto de
Zacarias Cunha, 47.
Bezerra confessou o crime e alegou que estava sendo ameaçado.
Zacarias é suspeita de ter fornecido o revólver 38, que pertencia à
vítima. Ela nega a acusação.
O comandante foi morto por
volta das 23h, quando chegava de
moto à casa da ex-sogra, em Araçatuba. Um homem também em
uma moto se aproximou, disparou seis vezes e fugiu. Três tiros
atingiram o peito de Cunha, que
morreu no local.
Familiares de Zacarias apontaram Bezerra como o suspeito dos
disparos. Na madrugada de ontem, ele se entregou. Na delegacia,
segundo a polícia, o empresário
disse que Cunha o teria ameaçado
de morte seguidas vezes e que havia registrado um boletim de
ocorrência por ameaça.
Bezerra entregou o revólver que
usou na ação. A arma pertencia a
Cunha, mas estava em poder de
sua ex-mulher, que foi detida na
cidade vizinha de Penápolis. Ela é
suspeita de ser a mandante e foi
encaminhada ao presídio militar
Romão Gomes, em São Paulo.
"Ela [Zacarias] foi autuada em
flagrante porque a arma estava
em seu poder. Além disso, ela seria a única a ser beneficiada. Como não estavam separados legalmente, ela ficaria com a pensão",
disse o delegado Antônio Carlos
da Silveira Símaro, de Araçatuba.
Segundo o delegado, há a suspeita de que as ameaças de Cunha
não tenham existido. "Como se
trata de um crime premeditado,
as acusações podem ter sido plantadas para justificar a ação."
Os familiares de Zacarias, de
acordo com Símaro, disseram
que o comandante insistia em
reatar o casamento.
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