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GUILHERMINA AUGUSTA RUBIÃO RHEINFRANCK WUNDER (1909-2010)
A religiosa Gugute, 101, cuidou do marido e dos pais
ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL
Em 1986, com a morte da
mãe de Guilhermina Augusta
Rubião aos cem anos, o casarão de oito quartos da família,
na rua Conselheiro Brotero,
em São Paulo, foi desfeito para dar lugar a um prédio.
Gugute, como Guilhermina
era chamada, mudou-se para
um apartamento na avenida
Angélica, onde a irmã Olga já
vivia. Desde então, as duas, vizinhas de mesmo prédio, almoçavam juntas diariamente.
Não era o único hábito
constante que ela teve na vida, como lembra a irmã. Religiosíssima, de intensa dedicação à Liga das Senhoras Católicas, ia à missa todos os dias.
Aos 30 anos, ela se casou
com um químico, descendente de alemães -daí o sobrenome Rheinfranck Wunder.
Quando o marido adquiriu
tuberculose, durante três
anos ela ficou ao seu lado em
São José dos Campos (SP),
onde ele foi fazer tratamento.
Em 1944, cinco anos após o
casamento, o marido morreu.
Gugute não teve filhos.
Aplicou-se a cuidar do pai, um
dono de cartório que morreu
em 1970, aos 85, e da mãe.
Como diz Olga, elas eram
muito unidas à família por
conta da fundação do Instituto Ana Rosa, primeira escola
profissionalizante do país para jovens carentes, criada em
1874 pelo bisavô delas, o barão de Souza Queiroz. A entidade, tocada até hoje pela família, sempre contribuiu para
manter a união familiar.
Na quinta, Gugute fez 101
anos e morreu no dia seguinte, devido à idade avançada. A
missa de sétimo dia será nesta
quinta-feira, às 11h, na igreja
N. Sra. do Sion, na capital.
coluna.obituario@uol.com.br
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