São Paulo, terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

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GUILHERMINA AUGUSTA RUBIÃO RHEINFRANCK WUNDER (1909-2010)

A religiosa Gugute, 101, cuidou do marido e dos pais

ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

Em 1986, com a morte da mãe de Guilhermina Augusta Rubião aos cem anos, o casarão de oito quartos da família, na rua Conselheiro Brotero, em São Paulo, foi desfeito para dar lugar a um prédio.
Gugute, como Guilhermina era chamada, mudou-se para um apartamento na avenida Angélica, onde a irmã Olga já vivia. Desde então, as duas, vizinhas de mesmo prédio, almoçavam juntas diariamente.
Não era o único hábito constante que ela teve na vida, como lembra a irmã. Religiosíssima, de intensa dedicação à Liga das Senhoras Católicas, ia à missa todos os dias.
Aos 30 anos, ela se casou com um químico, descendente de alemães -daí o sobrenome Rheinfranck Wunder.
Quando o marido adquiriu tuberculose, durante três anos ela ficou ao seu lado em São José dos Campos (SP), onde ele foi fazer tratamento.
Em 1944, cinco anos após o casamento, o marido morreu.
Gugute não teve filhos. Aplicou-se a cuidar do pai, um dono de cartório que morreu em 1970, aos 85, e da mãe.
Como diz Olga, elas eram muito unidas à família por conta da fundação do Instituto Ana Rosa, primeira escola profissionalizante do país para jovens carentes, criada em 1874 pelo bisavô delas, o barão de Souza Queiroz. A entidade, tocada até hoje pela família, sempre contribuiu para manter a união familiar.
Na quinta, Gugute fez 101 anos e morreu no dia seguinte, devido à idade avançada. A missa de sétimo dia será nesta quinta-feira, às 11h, na igreja N. Sra. do Sion, na capital.

coluna.obituario@uol.com.br


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