São Paulo, terça-feira, 23 de março de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Agência quer rever concessão em Manaus

KÁTIA BRASIL
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS

A Assam (Agência Reguladora dos Serviços Concedidos do Estado do Amazonas) quer rever as metas de instalação da rede de esgoto e de investimentos em Manaus, que teve o sistema privatizado em 2000, durante o governo de Amazonino Mendes (PFL).
O órgão vai preparar um relatório sugerindo à prefeitura, que deu a concessão à empresa Águas do Amazonas, que estipule metas mais rigorosas para ampliação do acesso ao saneamento básico.
Na época da privatização, a prefeitura disse que 11% da população tinha acesso a saneamento básico e estipulou, no contrato, uma meta de 31% para 2006.
Mas uma pesquisa da Assam apontou que, em 2000, apenas 6,74% da população (de um total de 1,4 milhão de habitantes) era atendida pela rede de esgoto.
A empresa Águas do Amazonas, controlada pelo Grupo Suez (antes Lyonnaise des Euax), da França, ganhou a concessão. Pagou R$ 193 milhões, num processo que envolveu três cancelamentos de leilão por ordem judicial. A concessão tem prazo de 30 anos, renováveis por mais 15.
Segundo o Ministério Público estadual, a empresa ainda não se adequou às normais ambientais.

Outro lado
César Seabra, diretor de Relações Institucionais da empresa, afirma que hoje a rede de esgoto atinge 7,62% da população, mas concorda que há necessidade de revisão das metas para 2006.
"Precisamos nos adequar, inclusive em relação à legislação ambiental", afirmou Seabra.


Texto Anterior: Retrato do Brasil: 102 milhões não têm acesso a esgoto
Próximo Texto: Desigual, SP tem a melhor situação do país
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.