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SAÚDE
Estudo da USP vê eficácia na lama de Peruíbe
CARLA MONIQUE BIGATTO
DO "AGORA"
Um estudo realizado na Faculdade de Medicina da USP mostrou que a utilização da lama negra de Peruíbe (130 km de São
Paulo) pode ser eficaz no tratamento da artrite.
Na pesquisa, feita pela biomédica Zélia Maria Nogueira Britschka, ratos com artrite experimental
apresentaram uma melhora significativa em seus quadros inflamatórios depois de tratados com
o material.
Segundo especialistas que já utilizam a lama como terapia, o estudo serviu para espantar o estigma
de que esses tratamentos trazem
somente efeitos psicológicos, os
chamados placebos.
A pesquisa da USP foi motivada
pelos efeitos positivos observados
no tratamento de pacientes em
Peruíbe, no complexo termal da
cidade, criado em 2005.
Segundo um dos médicos responsáveis pelo complexo na época, Paulo Gouveia, cerca de 40%
dos tratamentos realizados no local eram de artrite de joelho.
O complexo, que dispunha de
sessões vinculadas à Secretaria
Municipal da Saúde, não oferece
mais o tratamento. Apenas uma
clínica particular na cidade aplica
o tratamento com a lama.
Jazidas
A lama é uma formação geológica, exclusiva da região, e só pode ser retirada dos mangues que
margeiam o rio Preto, em Peruíbe. Ela é formada, entre outras
substâncias, por silício, alumínio,
cálcio e enxofre.
Segundo Gouveia, a mistura das
substâncias e o acúmulo de material orgânico diferem a lama da
argila comum.
Segundo o presidente da mineradora responsável pelo Programa de Desenvolvimento de Peruíbe (Prodep), José Augusto Pires, o
potencial da jazida de lama da cidade é grande, mas falta estrutura
para a distribuição. "O ideal seria
que uma empresa de fora construísse um balneário na cidade."
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