São Paulo, quinta-feira, 23 de março de 2006

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SAÚDE

Estudo da USP vê eficácia na lama de Peruíbe

CARLA MONIQUE BIGATTO
DO "AGORA"

Um estudo realizado na Faculdade de Medicina da USP mostrou que a utilização da lama negra de Peruíbe (130 km de São Paulo) pode ser eficaz no tratamento da artrite.
Na pesquisa, feita pela biomédica Zélia Maria Nogueira Britschka, ratos com artrite experimental apresentaram uma melhora significativa em seus quadros inflamatórios depois de tratados com o material.
Segundo especialistas que já utilizam a lama como terapia, o estudo serviu para espantar o estigma de que esses tratamentos trazem somente efeitos psicológicos, os chamados placebos.
A pesquisa da USP foi motivada pelos efeitos positivos observados no tratamento de pacientes em Peruíbe, no complexo termal da cidade, criado em 2005.
Segundo um dos médicos responsáveis pelo complexo na época, Paulo Gouveia, cerca de 40% dos tratamentos realizados no local eram de artrite de joelho.
O complexo, que dispunha de sessões vinculadas à Secretaria Municipal da Saúde, não oferece mais o tratamento. Apenas uma clínica particular na cidade aplica o tratamento com a lama.

Jazidas
A lama é uma formação geológica, exclusiva da região, e só pode ser retirada dos mangues que margeiam o rio Preto, em Peruíbe. Ela é formada, entre outras substâncias, por silício, alumínio, cálcio e enxofre.
Segundo Gouveia, a mistura das substâncias e o acúmulo de material orgânico diferem a lama da argila comum.
Segundo o presidente da mineradora responsável pelo Programa de Desenvolvimento de Peruíbe (Prodep), José Augusto Pires, o potencial da jazida de lama da cidade é grande, mas falta estrutura para a distribuição. "O ideal seria que uma empresa de fora construísse um balneário na cidade."


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