São Paulo, terça-feira, 23 de março de 2010

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OSCAR FARIA PACHECO BORGES (1935-2010)

Ele conservou a fábrica de juta da família

ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

Há 25 anos, quando o pai de Oscar Faria Pacheco Borges morreu, havia cerca de 25 fábricas de juta no Brasil, conta sua irmã, a historiadora Vavy.
Hoje, são três, sendo que uma delas é a Companhia Têxtil Castanhal, fundada pelo pai de Oscar há mais de 40 anos.
Aos 17 anos, ele começou a acompanhar o pai nos negócios. Na Escócia, especializou-se em juta, dedicando-se à área até o fim da vida. Dizia que, enquanto existisse espaço para uma fábrica do tipo no país, essa fábrica seria a deles.
Mesmo com o encolhimento no ramo e com as crises no setor, Oscar sempre brigou para manter o negócio vivo. A empresa, que passou pelo Rio, SP e hoje está no Pará, é a maior da América Latina, com mais de mil funcionários.
Aos 74, o empresário estava na ativa. Em dezembro, por exemplo, havia ido a Bangladesh comprar a planta juta produzida lá, já que a brasileira, sozinha, não dá conta de abastecer a fábrica que produz o tecido de mesmo nome.
Aproveitou a viagem para, na Turquia, realizar um de seus sonhos: andar de balão.
Além da dedicação ao trabalho, Oscar também foi apaixonado por cavalos. Dos seus dois filhos, um é veterinário e cuida do haras da família; o outro ajuda a tocar a empresa.
Tinha um câncer de fígado e dizia à família que queria viver mais. Morreu na quarta, aos 74. Deixa viúva, dois filhos, quatro enteados, dois netos e muitos sobrinhos e sobrinhos-netos. A missa de sétimo dia será amanhã, às 19h, na igreja São José, na rua Dinamarca, 32, em SP.

coluna.obituario@uol.com.br


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