|
Texto Anterior | Índice
OSCAR FARIA PACHECO BORGES (1935-2010)
Ele conservou a fábrica de juta da família
ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL
Há 25 anos, quando o pai de
Oscar Faria Pacheco Borges
morreu, havia cerca de 25 fábricas de juta no Brasil, conta
sua irmã, a historiadora Vavy.
Hoje, são três, sendo que uma
delas é a Companhia Têxtil
Castanhal, fundada pelo pai
de Oscar há mais de 40 anos.
Aos 17 anos, ele começou a
acompanhar o pai nos negócios. Na Escócia, especializou-se em juta, dedicando-se
à área até o fim da vida. Dizia
que, enquanto existisse espaço para uma fábrica do tipo no
país, essa fábrica seria a deles.
Mesmo com o encolhimento no ramo e com as crises no
setor, Oscar sempre brigou
para manter o negócio vivo. A
empresa, que passou pelo Rio,
SP e hoje está no Pará, é a
maior da América Latina,
com mais de mil funcionários.
Aos 74, o empresário estava
na ativa. Em dezembro, por
exemplo, havia ido a Bangladesh comprar a planta juta
produzida lá, já que a brasileira, sozinha, não dá conta de
abastecer a fábrica que produz o tecido de mesmo nome.
Aproveitou a viagem para,
na Turquia, realizar um de
seus sonhos: andar de balão.
Além da dedicação ao trabalho, Oscar também foi apaixonado por cavalos. Dos seus
dois filhos, um é veterinário e
cuida do haras da família; o
outro ajuda a tocar a empresa.
Tinha um câncer de fígado
e dizia à família que queria viver mais. Morreu na quarta,
aos 74. Deixa viúva, dois filhos, quatro enteados, dois
netos e muitos sobrinhos e
sobrinhos-netos. A missa de
sétimo dia será amanhã, às
19h, na igreja São José, na rua
Dinamarca, 32, em SP.
coluna.obituario@uol.com.br
Texto Anterior: Mortes Índice
|