São Paulo, sexta-feira, 23 de abril de 2010

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HECTOR BRENER (1930-2010)

Um argentino engajado na publicidade brasileira

ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

Um simples "alô" proferido por Hector Brener ao telefone, e os amigos já sabiam que quem estava do outro lado da linha. Ele não se conformava com isso, diz a filha Daniella.
Acontece que Hector, argentino de Buenos Aires, nunca perdeu o sotaque. Era fácil reconhecê-lo pela voz.
Em sua cidade, ele trabalhou em agências de propaganda, mas, em 1956, por achar que a situação em seu país estava muito difícil, decidiu vir tentar a vida no Brasil.
Aqui, passou por várias agências até abrir a própria, chamada Denison, da qual foi presidente por 25 anos.
Nos anos 80, Hector presidiu também o Conselho Nacional de Propaganda, uma organização voluntária que promove campanhas de "interesse cívico-social".
Na mesma época, encabeçou o Movimento Nacional pela Livre Iniciativa, no período em que o país transitava da ditadura militar para o regime democrático.
Segundo a família, Hector era um workaholic. Há cerca de dez anos, aposentou-se, mas sempre manteve contato com profissionais de sua área.
Nessa fase, passava o dia inteiro lendo, conta a filha.
Gostava muito do Brasil, mas quando o assunto era futebol, torcia para a Argentina.
Foi casado com Elena, argentina que ele conheceu numa agência no Brasil. Teve dois filhos e dois netos.
Na sexta-feira, foi vítima de um infarto, aos 79 anos. A missa de sétimo dia será realizada hoje, às 18h, na paróquia Nossa Senhora da Esperança, em Moema, São Paulo.

coluna.obituario@uol.com.br


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