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Mulher é morta por bala perdida em SP
da Reportagem Local
A analista contábil Olga de Almeida, 37, morreu ontem atingida
por uma bala perdida durante um
tiroteio entre um policial militar e
um assaltante, após uma tentativa
de roubo a banco, no centro de
São Paulo.
O acusado também foi baleado e
está internado. Uma outra mulher
sofreu um infarto e um rapaz desmaiou por causa da confusão. Outros dois acusados, que não participaram do tiroteio, foram presos
pela PM.
Segundo a polícia, os três acusados entraram por volta das 12h na
agência do banco Real na rua da
Quitanda e renderam os vigias e
uma gerente.
Os três teriam se assustado ao
ver dois policiais militares passando pela porta e resolveram fugir
levando apenas três revólveres dos
vigilantes.
Antes da fuga, de acordo com a
polícia, a funcionária do banco
Inês Fernandes de Souza Thomé,
46, acabou sofrendo um infarto.
Ela foi levada para o Hospital Beneficência Portuguesa.
Um office boy avisou os dois policiais sobre o assalto quando eles
já estavam quase na esquina da rua
São Bento. Os policiais voltaram e
encontraram os três acusados.
Um dos PMs conseguiu deter os
acusados de assalto Ricardo Alexandre Alves de Almeida, 23, e
F.M.S., 17. O outro acusado, Anderson Ferreira, 37, saiu correndo
e foi perseguido pelo soldado da
PM Washington Taiar Júnior, 22,
segundo a polícia.
Na rua Álvares Penteado, de
acordo com testemunhas, o assaltante começou a atirar com dois
revólveres e o PM revidou, disparando dois tiros. Ao todo, foram
disparados cerca de dez tiros.
Houve pânico e correria na rua.
A analista Olga foi baleada já
próximo ao largo do Café. Ela foi
levada para a Santa Casa, mas não
resistiu.
Baleado no peito, Ferreira entrou numa loja do Boticário e foi
desarmado por um segurança. Ele
foi preso e levado para PS Vergueiro. Ferreira era foragido da Justiça
e tem passagens criminais por três
homicídios, segundo a polícia.
O soldado Washington não sabe
se o tiro que atingiu Olga partiu
dele ou de Ferreira. "Eu não vi
quando a mulher foi baleada."
O outro soldado, Robson Antunes de Castro, 25, diz acreditar que
o tiro partiu do ladrão. "O Washington atirou na diagonal, em direção à parede. A mulher estava do
outro lado", afirmou.
O advogado José Oliveira Gimenes, 42, que testemunhou o tiroteio, também diz acreditar que o
tiro tenha partido do ladrão. "A
mulher estava de frente para o policial e o tiro a acertou nas costas."
Segundo o delegado Alberto Pereira Matheus Júnior, da Delegacia
de Roubo a Bancos, somente a perícia vai poder afirmar de qual arma saiu o tiro.
Olga trabalhava na Emurb (Empresa Municipal de Urbanização)
e tinha uma filha, de 1 ano e seis
meses.
(RENATO KRAUSZ)
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