São Paulo, quinta-feira, 23 de junho de 2011

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Senadores aprovam anistia para os bombeiros do Rio

Projeto prevê perdão criminal e disciplinar para os manifestantes que invadiram quartel no início do mês

Se não houver recurso para que o projeto seja votado no plenário, texto será analisado na Câmara do Deputados

GABRIELA GUERREIRO
DE BRASÍLIA

O Senado aprovou ontem a anistia para os bombeiros do Rio acusados de motim e danos materiais após a invasão ao Quartel Central da corporação, no início do mês.
Se o projeto for aprovado pela Câmara, os militares não terão de responder às acusações de crimes nem de infrações disciplinares.
A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado aprovou o projeto em caráter terminativo, sem necessidade de ir a plenário, 15 dias após ter sido apresentado por Lindberg Farias (PT-RJ).
A rapidez foi interpretada por aliados do governador Sérgio Cabral como uma saída política negociada com o peemedebista -já que, pela Constituição Federal, ele não pode anistiar os bombeiros.
Cabral enfrenta forte desgaste popular desde o episódio da prisão dos bombeiros, que gerou uma onda de manifestações a favor deles.
"Agora o Estado tem uma chance de acabar com esse impasse. Os bombeiros estavam angustiados, argumentavam que não são bandidos", afirmou Lindberg.

CÂMARA
Presidente da CCJ, Eunício Oliveira (PMDB-CE) disse que pôs a anistia em pauta após ter sido informado de que o governador não poderia concedê-la.
Se não houver recurso para que o projeto seja votado no plenário, o texto segue para análise da Câmara.
O perdão criminal e administrativo era a principal reivindicação dos bombeiros, que foram libertados após conseguirem habeas corpus na Justiça. Eles fizeram o movimento em defesa de aumento salarial -o piso bruto no Estado é de R$ 1.031.


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