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ACORDO
Estado gerenciará HC, Hospital São Paulo e Santa Casa
Central de vagas na cidade de SP não terá hospitais universitários
DA REPORTAGEM LOCAL
Os três mais importantes hospitais universitários da capital paulista -a Santa Casa, o Hospital
São Paulo e o Hospital das Clínicas- ficarão de fora do novo sistema de gerenciamento da saúde
da prefeitura paulistana.
Pelo acordo assinado ontem entre a administração municipal, o
governo do Estado e o Ministério
da Saúde, caberá ao município
controlar as vagas de 70 hospitais:
30 privados, que atendem pelo
SUS (Sistema Único de Saúde) na
cidade de São Paulo, 26 da rede
estadual, além dos 14 municipais.
Serão criadas centrais de regulação de urgência e emergência,
consultas, internações e exames.
Na prática, os funcionários das
unidades de atendimento (como
postos de saúde) ligarão para as
centrais para pesquisar a disponibilidade de vagas nos hospitais. O
call center fará então a busca e encaminhará o paciente para o local
em que ele será atendido.
Porém, as vagas existentes na
Santa Casa, no Hospital São Paulo
e no Hospital das Clínicas ficarão
de fora das centrais e continuarão,
ao menos por enquanto, comandadas pelo governo estadual.
"Os hospitais universitários
continuarão com o governo do
Estado devido à alta complexidade deles. O orçamento do Hospital das Clínicas supera R$ 500 milhões do tesouro paulista, é um
sistema difícil de gerir. Atendemos o país inteiro", disse o governador Geraldo Alckmin (PSDB).
Mas o controle dessas instituições está nos planos do secretário
municipal da Saúde, Gonzalo Vecina. "Não quis introduzi-los de
imediato porque são muito complexos e trabalham também com
a questão do ensino. Eles provavelmente entrarão na gestão plena num segundo momento, talvez ainda neste semestre."
No dia 4 de agosto, deve ser
inaugurada a primeira central,
para atendimentos de emergência. A prefeitura assumirá a central já existente do governo do Estado e ampliará o atendimento.
Em setembro, a prefeitura pretende implantar a central de atendimento e consulta e, em dezembro, a de exames de alta complexidade. Para isso, ainda faltam a finalização do software que mapeará as vagas e a contratação de funcionários para o call center. "Em
seis meses a população vai sentir a
melhora. Vamos acabar com a peregrinação", disse a prefeita de
São Paulo, Marta Suplicy (PT).
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