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São Paulo, quarta-feira, 23 de julho de 2003

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ACORDO

Estado gerenciará HC, Hospital São Paulo e Santa Casa

Central de vagas na cidade de SP não terá hospitais universitários

DA REPORTAGEM LOCAL

Os três mais importantes hospitais universitários da capital paulista -a Santa Casa, o Hospital São Paulo e o Hospital das Clínicas- ficarão de fora do novo sistema de gerenciamento da saúde da prefeitura paulistana.
Pelo acordo assinado ontem entre a administração municipal, o governo do Estado e o Ministério da Saúde, caberá ao município controlar as vagas de 70 hospitais: 30 privados, que atendem pelo SUS (Sistema Único de Saúde) na cidade de São Paulo, 26 da rede estadual, além dos 14 municipais.
Serão criadas centrais de regulação de urgência e emergência, consultas, internações e exames. Na prática, os funcionários das unidades de atendimento (como postos de saúde) ligarão para as centrais para pesquisar a disponibilidade de vagas nos hospitais. O call center fará então a busca e encaminhará o paciente para o local em que ele será atendido.
Porém, as vagas existentes na Santa Casa, no Hospital São Paulo e no Hospital das Clínicas ficarão de fora das centrais e continuarão, ao menos por enquanto, comandadas pelo governo estadual.
"Os hospitais universitários continuarão com o governo do Estado devido à alta complexidade deles. O orçamento do Hospital das Clínicas supera R$ 500 milhões do tesouro paulista, é um sistema difícil de gerir. Atendemos o país inteiro", disse o governador Geraldo Alckmin (PSDB).
Mas o controle dessas instituições está nos planos do secretário municipal da Saúde, Gonzalo Vecina. "Não quis introduzi-los de imediato porque são muito complexos e trabalham também com a questão do ensino. Eles provavelmente entrarão na gestão plena num segundo momento, talvez ainda neste semestre."
No dia 4 de agosto, deve ser inaugurada a primeira central, para atendimentos de emergência. A prefeitura assumirá a central já existente do governo do Estado e ampliará o atendimento.
Em setembro, a prefeitura pretende implantar a central de atendimento e consulta e, em dezembro, a de exames de alta complexidade. Para isso, ainda faltam a finalização do software que mapeará as vagas e a contratação de funcionários para o call center. "Em seis meses a população vai sentir a melhora. Vamos acabar com a peregrinação", disse a prefeita de São Paulo, Marta Suplicy (PT).


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