São Paulo, quinta-feira, 23 de julho de 2009

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SP é o Estado com mais mortes por gripe

Com outras 3 vítimas, SP soma agora 12 óbitos, seguido pelo Rio Grande do Sul, com 11; Rio anunciou ontem 4 mortes

No país, o total de mortes pela nova gripe chega a 29; menina de um ano e seis meses é a vítima mais jovem registrada até agora


Fernando Donasci/Folha Imagem
Menina com máscara contra gripe suína brinca em árvore dentro de hospital na Barra da Tijuca (zona oeste do Rio de Janeiro)

DA AGÊNCIA FOLHA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPINAS
DA SUCURSAL DO RIO

O número de mortes em decorrência da gripe suína no país subiu ontem para 29, com as confirmações de mais quatro mortes no Rio de Janeiro e de outras três em São Paulo.
Com isso, São Paulo passa a ser o Estado com maior número de mortes pela doença confirmadas, com 12 casos, seguido por Rio Grande do Sul (11), Rio (5) e Paraná (1).
Entre os novos casos confirmados está a mais jovem vítima da doença até agora: uma menina de um ano e seis meses moradora do Grande ABC, região metropolitana de São Paulo.
A criança, que tinha um histórico de anemia, foi internada em 18 de julho com insuficiência respiratória e morreu no mesmo dia, segundo a Secretaria de Estado da Saúde.
Os demais casos de São Paulo são uma mulher de 27 anos, de Valinhos (85 km de SP), e um estudante de 26 anos, morador da capital, mas que morreu em Itapetininga (172 km de SP), por onde passava em viagem ao interior do Estado.
A Secretaria da Saúde também confirmou ontem uma morte que tinha sido divulgada na terça-feira pela Prefeitura de Osasco (Grande São Paulo).
As quatro vítimas confirmadas ontem no Rio são duas crianças (de dez e seis anos), uma gestante de 29 anos e uma mulher de 39 anos.
A advogada Elenilde da Silva Leão afirmou ontem que a família da gestante pretende entrar com uma ação contra o Estado e uma clínica particular por omissão de socorro.
Ela disse que Aldinete Pereira de Lima estava grávida de sete meses e procurou atendimento médico assim que começou a apresentar sintomas.
Segundo a advogada, no dia 12 ela foi ao hospital estadual Adão Pereira Nunes, em Saracuruna, na Baixada Fluminense. Dois dias depois, procurou outro hospital estadual, o Albert Schweitzer, em Realengo (zona oeste do Rio), e novamente foi liberada sem diagnóstico. Na última sexta-feira, procurou então a clínica particular Prosaúde, de Bangu.
"Ela foi hospitalizada às 7h30, mas às 17h ainda não tinha sido atendida. Às 19h, teve uma parada cardiorrespiratória e morreu", contou a advogada. O bebê, um menino, também não sobreviveu.
A Secretaria Estadual da Saúde do Rio abriu sindicância para apurar a conduta dos médicos nos dois hospitais. A reportagem não conseguiu localizar representantes da Prosaúde.
Das sete vítimas confirmadas ontem, pelo menos três apresentavam fator de risco.


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