em João Pessoa

O deputado estadual Aércio Pereira (PFL-PB) está sendo apontado por 12 testemunhas como suspeito do assassinato da estudante Márcia Barbosa de Sousa, 22.
A estudante foi encontrada morta no dia 17 de junho, em um matagal da periferia de João Pessoa. Segundo a polícia, Márcia foi morta por asfixia.
O inquérito, feito pelo delegado Adesaldo Ferreira, aponta o deputado como acusado pelo crime e foi encaminhado à Justiça, mas até ontem ainda não tinha sido analisado pelo juiz Hermano Ponce.
O deputado tem imunidade parlamentar e precisa de uma licença da Assembléia Legislativa para ser processado.
Exames feitos pelo Instituto de Polícia Científica da Paraíba teriam detectado álcool, maconha e cocaína em amostras de sangue da estudante.
Testemunhas disseram à polícia que Márcia esteve com Pereira em um motel de João Pessoa na noite do dia 16 de junho.
Do motel, segundo a polícia, a estudante teria telefonado, de um aparelho celular do deputado, para uma amiga sua também chamada Márcia, que mora na cidade de Cajazeiras (PB).
Segundo a polícia, uma testemunha teria visto um Tempra no local onde o corpo da estudante foi encontrado. O carro teria sido emprestado por um amigo ao deputado na noite de 16 de junho.

Outro lado
O deputado Aércio Pereira negou as acusações. Ontem, no plenário da Assembléia Legislativa da Paraíba, ele disse que vai provar sua inocência.
Pereira disse que conhecia a estudante e que ela esteve em sua casa no dia 16 de junho, às 21h, para pedir emprego e R$ 150,00 para pagar o aluguel da pensão onde morava. "Eu disse que não tinha o dinheiro na hora. Ela pediu para telefonar para sua casa, em Cajazeiras, e eu dei o meu celular", disse o deputado.
"Ela não telefonou de um motel. Esta é uma acusação leviana", disse. Segundo ele, a estudante saiu de sua casa por volta das 23h e foi para o pensionato.



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