São Paulo, quinta, 23 de julho de 1998

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"Objetivo era sonegar', diz Flávio

da Reportagem Local

Flávio de Oliveira disse em seu depoimento que tanto o vendedor Abílio como os donos de farmácia que teriam comprado a Microvlar ilicitamente não tinham idéia de que o produto era de teste e não tinha o princípio ativo.
Flávio disse que o objetivo da compra ilícita, além do lucro, era a sonegação de impostos, praticada, segundo declarou, por todas as farmácias de Mauá que citou.
Segundo um policial que acompanhou o depoimento de Flávio e a acareação, é este ponto do depoimento da testemunha que impediu que já tivesse sido pedida a prisão dos suspeitos, já que nenhum deles caiu em contradição ou confirmou, pelo menos em parte, o depoimento de Flávio.

Relatório
O relatório das investigações foi encaminhado anteontem à Justiça e o promotor destacado para acompanhar o caso, Pedro Manoel Ramos, deve recebê-lo hoje.
Ramos disse que precisará de tempo para analisar o relatório e que até quarta-feira decide se denuncia os suspeitos ou remete o inquérito de volta ao 11ºDP (Santo Amaro), que investigou o caso.
O promotor afirma que as investigações não permitiram concluir ainda se houve um furto dentro da Schering do Brasil, tese defendida pelo delegado Sergio Abdalla, que comanda as investigações.
Ramos e Abdalla concordam, porém, que a Schering do Brasil foi "no mínimo" negligente com as pílulas de teste da fabricação à destruição. (MO)


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