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ACIDENTE
Fábrica produzia edredons na zona leste de São Paulo; vizinhos deixaram moradias às pressas durante a madrugada
Fogo destrói indústria e interdita casas
DO "AGORA"
Um incêndio destruiu ontem
de madrugada a indústria têxtil
Sultan, na Penha (zona leste de
São Paulo), e forçou os moradores das casas vizinhas a deixarem
os imóveis às pressas, com a roupa do corpo, de madrugada.
O fogo começou após a explosão de uma das máquinas da fábrica, que produz edredons. "A
máquina que faz a fibra do polyester, que é o recheio do edredon, de fácil combustão, explodiu. Os funcionários saíram correndo", disse a diretora de marketing da empresa, Marcia Regina.
Depois da correria, houve uma segunda explosão.
Moradores de sete casas da região tiveram que deixar os seus
imóveis. Três casas chegaram a
ser atingidas pelas chamas. Apesar do susto, não houve feridos.
"Eu estava dormindo. De repente, ouvi o barulho da explosão. Minha reação imediata foi
sair correndo de casa", afirmou
Airton Melo, 54, operador da bolsa de valores, que vive numa casa
encostada ao muro da fábrica.
Foi também o que fez a artista
plástica Mary Rizzaro, 38. "Foram
duas explosões. Peguei meu filho
[um bebê] e deixei a casa correndo", disse. Ela agradeceu aos funcionários da fábrica, que ainda
conseguiram retirar os botijão de
gás que alimentavam a máquina
produtora de fibra de polyester.
O incêndio começou às 2h20 e
mobilizou 25 carros do Corpo de
Bombeiros. Segundo o major Navarro, o fogo foi controlado por
volta das 6h. "Havia resinas e fibras sintéticas no local. Isso dificultou bastante o trabalho."
Moradores de duas das três casas atingidas pelo fogo não puderam voltar para os imóveis devido
ao calor e ao cheiro forte de produtos químicos queimados. A
empresa prometeu arcar com a
estadia das famílias em um hotel.
A Sultan já tinha planos de
transferir as suas atividades para
Itaquaquecetuba (Grande SP).
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