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Teste rastreia inflamação
nas artérias
DA REPORTAGEM LOCAL
A Sociedade Brasileira de
Cardiologia incorporou às suas
diretrizes, há três anos, o teste
da proteína C-reativa ultra-sensível -exame que rastreia
uma proteína marcadora da inflamação nas artérias.
Para Andreia Loures-Vale,
diretora de comunicação da sociedade, esse é o primeiro resultado prático das pesquisas
de Libby conduzidas nos últimos 20 anos. "Esse tipo de pesquisa não é novo, mas agora é
colocado para o público, porque existe algo mensurável."
Mas o teste não será incorporado à rede pública porque, diz
ela, só é útil em alguns casos e o
governo tem de priorizar medidas que atinjam o maior número de pessoas. Deve ser aplicado no paciente de "risco médio", aquele que, para a Sociedade Brasileira de Cardiologia,
tem colesterol alterado e a presença de mais de um fator de
risco, como hipertensão e histórico familiar.
A pesquisa contribuiu para a
teoria de uma das formas de
aterosclerose, a das placas moles de gordura, que têm uma
capa muito fina -é o tipo associado a eventos como derrame e infarto. Quando as placas
são moles, em 50% dos casos
esses dois eventos são fatais.
A inflamação, diz, facilita o
rompimento das placas moles
e então começa o processo que
leva a interrupção do fluxo de
sangue: a gordura vai para a
corrente sangüínea, as plaquetas reagem e formam um coágulo, que bloqueia a artéria.
Segundo a médica, a inflamação pode ter como origem infecções na garganta ou no estômago, que levam a pequenas
inflamações em várias partes
do organismo. Algumas pessoas têm a resposta inflamatória nas artérias em razão de
uma predisposição genética.
As estatinas, utilizadas para
baixar o colesterol ruim, são as
drogas estudadas hoje.
(FL)
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