São Paulo, terça-feira, 23 de agosto de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

PAULO AURÉLIO MARTINELLI (1956-2011)

O rock, o interior e o jornalismo

ANDRESSA TAFFAREL
DE SÃO PAULO

Paulo Aurélio Martinelli era paulistano e roqueiro apaixonado pela banda Yes, mas sempre preferiu viver "no meio do mato".
Quando se mudou para Campinas (93 km de SP), aos 19 anos, para cursar a faculdade de jornalismo, não quis morar na cidade: escolheu a chácara da família que fica no distrito de Sousas, à beira do rio Atibaia.
Foi lá que conheceu a mulher, Izabela, e onde passou o restante da vida.
Gostava tanto do lugar que era chamado carinhosamente pelos colegas do "Correio Popular", jornal de Campinas em que trabalhava, de o "embaixador de Sousas".
Muito ligado aos temas ambientais, escreveu várias reportagens sobre o assunto, sendo premiado por várias delas. Em 2007, foi o terceiro colocado, ao lado da jornalista e então colega Raquel Lima, em um prêmio da ONU (Organização das Nações Unidas), com a série de reportagens "Mata Atlântica, a Floresta Esquecida".
Brincalhão, gostava de contar histórias, principalmente de casos do interior -parte delas ele postava no site Cyber Jeca, que manteve até uns três anos atrás.
Ganhou o primeiro neto há cinco anos. Desde muito pequeno, Matheus passou a chamá-lo só de "vovô Palito". A família não sabe bem o motivo, mas diz acreditar que é porque Paulo estava sempre com um cigarro.
Além de fumar, bebia muita Coca-Cola. Sabia que não era bom para a saúde, mas preferia "aproveitar" a vida.
Morreu na quinta-feira (18), aos 55 anos, de infarto. Deixa a mulher, os filhos Bruno, Gabriel e Juliano e o neto.

coluna.obituario@uol.com.br


Texto Anterior: Mortes
Próximo Texto: Aluno da USP é espancado durante festa no interior
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.