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Falta de chuva seca rios na Amazônia
KÁTIA BRASIL
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS
A falta prolongada de chuvas
nas calhas dos rios Solimões, no
Amazonas, e Madeira, em Rondônia, fez cair o nível da água e está deixando cidades da região
amazônica praticamente isoladas.
Segundo a CPRM (Companhia
de Pesquisa de Recursos Minerais), do Ministério de Minas e
Energia, desde junho as chuvas
vêm diminuindo na região. "Em
agosto choveu 50% a menos que a
média histórica, que é de 57,9 milímetros", afirmou o engenheiro
hidrólogo Daniel Oliveira.
A estação seca irá até novembro, de acordo com o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia),
que também fez alerta sobre a baixa umidade relativa do ar, em torno de 30%, para Amazonas, Rondônia e Acre. A temperatura média é de 37C.
Para a população ribeirinha, os
reflexos são a falta de água potável, surtos epidêmicos de doenças
e dificuldade de acesso a outras cidades. Com menos chuva, o rio
Madeira secou na margem esquerda, onde está a cidade de Manicoré (332 km de Manaus). No
lugar do rio surgiu uma praia de
5.000 m2 com muitas pedras, fazendo com que as 12 embarcações
permaneçam paradas no porto.
A média anual do nível do rio é
de 12,9 m; ontem ficou em 1,7 m.
"É a maior seca dos últimos 30
anos", disse o comerciante Carlos
Alberto do Carmo Severino, 52.
Em Tabatinga (1.106 km de Manaus), barcos também não conseguem mais atracar no porto. O nível do Solimões caiu de 13,8 m para 46 cm, de maio a setembro.
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