São Paulo, sexta-feira, 23 de setembro de 2005

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Falta de chuva seca rios na Amazônia

KÁTIA BRASIL
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS

A falta prolongada de chuvas nas calhas dos rios Solimões, no Amazonas, e Madeira, em Rondônia, fez cair o nível da água e está deixando cidades da região amazônica praticamente isoladas.
Segundo a CPRM (Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais), do Ministério de Minas e Energia, desde junho as chuvas vêm diminuindo na região. "Em agosto choveu 50% a menos que a média histórica, que é de 57,9 milímetros", afirmou o engenheiro hidrólogo Daniel Oliveira.
A estação seca irá até novembro, de acordo com o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), que também fez alerta sobre a baixa umidade relativa do ar, em torno de 30%, para Amazonas, Rondônia e Acre. A temperatura média é de 37C.
Para a população ribeirinha, os reflexos são a falta de água potável, surtos epidêmicos de doenças e dificuldade de acesso a outras cidades. Com menos chuva, o rio Madeira secou na margem esquerda, onde está a cidade de Manicoré (332 km de Manaus). No lugar do rio surgiu uma praia de 5.000 m2 com muitas pedras, fazendo com que as 12 embarcações permaneçam paradas no porto.
A média anual do nível do rio é de 12,9 m; ontem ficou em 1,7 m. "É a maior seca dos últimos 30 anos", disse o comerciante Carlos Alberto do Carmo Severino, 52.
Em Tabatinga (1.106 km de Manaus), barcos também não conseguem mais atracar no porto. O nível do Solimões caiu de 13,8 m para 46 cm, de maio a setembro.


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