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"Praia" à beira do Tietê alerta para despoluição do rio
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Os canteiros da marginal
Tietê, entre as pontes das
Bandeiras e Cruzeiro do Sul,
foram tomados ontem por
pessoas em trajes de banho,
guarda-sóis e cadeiras.
Foi a segunda edição do
Praia no Tietê, um movimento organizado pela Fundação
SOS Mata Atlântica com o objetivo de chamar a atenção
para a despoluição do rio, cujo dia oficial foi ontem.
Além da "praia", artistas
de circo e de teatro apresentaram-se à beira do rio. Dois
botes infláveis, cada um com
quatro pessoas usando roupas especiais que protegiam
da poluição, navegaram pelo
Tietê da barragem da Penha
até a ponte das Bandeiras.
Segundo a fundação, a iniciativa pretende mostrar que
o rio pode voltar a ser limpo e
se tornar uma opção de lazer
e de meio de transporte.
A iniciativa aproveitou o
período eleitoral para cobrar
políticas públicas voltadas à
qualidade de vida e à continuidade das obras de descontaminação do rio.
A Sabesp iniciou também
ontem a terceira fase de despoluição do Tietê, que deve
consumir US$ 1,05 bilhão
(em torno de R$ 1,8 bilhão)
em investimentos. Só o BID
(Banco Interamericano de
Desenvolvimento) investirá
US$ 600 milhões na empreitada, segundo a companhia.
Nessa fase da despoluição,
a Sabesp pretende construir
redes coletoras de esgoto para 1,5 milhão de pessoas e tratar o esgoto coletado de outros 3 milhões. Até hoje, a
companhia investiu US$ 1,6
bilhão no Projeto Tietê.
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