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São Paulo, quinta-feira, 23 de outubro de 2003

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TRÁFICO

Carga, que pode chegar a uma tonelada, estava em galpão em Campinas; quatro homens foram presos, entre eles um colombiano

PF faz maior apreensão de cocaína em 9 anos

FREE-LANCE PARA A FOLHA CAMPINAS

A Polícia Federal realizou ontem em Campinas (95 km de São Paulo) a maior apreensão de cocaína pura já feita no Estado de São Paulo nos últimos nove anos. Segundo o delegado da PF, Wagner Castilho, foram encontrados cerca de 900 pacotes da droga, o que representa uma carga que varia de 700 kg a 1.000 kg.
"Maior que esta só me lembro de outra em Tocantins, de sete toneladas, que aconteceu em 1994", afirmou o chefe da Delegacia de Repressão à Entorpecentes da Polícia Federal, Fernando Braga.
O carregamento teria como destino principal os países da Europa, mas também abasteceria grandes cidades brasileiras, como São Paulo e Rio, e está avaliado em cerca de US$ 40 milhões.
O suposto líder dos traficantes, Luiz Dinei Alviron dos Santos, foi preso pela Polícia Federal em um estacionamento no Brás, em São Paulo. Outros três integrantes da quadrilha -Nelson de Moura Benitez, Andson Frides de Melo e Carlos Boos Filho- foram detidos em Campinas.
O colombiano Juan Carlos Valderrama Castilo, 59, acusado que participar da grupo, também foi preso em São Paulo. Segundo a polícia, Castilo é quem fazia a ponte entre o Brasil e a Colômbia. Segundo a PF, Castilo teria ligação com as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).
O delegado Castilho afirmou que o entreposto de cocaína descoberto ontem funcionava como uma empresa de exportação de "fachada". Segundo o delegado, até agora nenhuma carga de cocaína havia sido distribuída por meio da estrutura montada no galpão do Jardim Santa Mônica.
O local teria sido alugado pelos traficantes há aproximadamente seis meses e totalmente reformado para permitir o esquema de exportação da droga.
"Eles construíram um galpão com capacidade para armazenar diversos contêineres e com entradas para caminhões, que seriam utilizados para o transporte da droga", disse Castilho.
Além disso, o prédio dispunha de paredes ocas, que serviam de esconderijo para a cocaína.
Os pacotes de cocaína apreendidos traziam um selo com a figura de uma pérola negra e a frase "cualidad certificada". Segundo Castilho, esses seriam indícios da pureza da droga.


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