São Paulo, domingo, 23 de outubro de 2005

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Professor corrige seu trabalho copiado

DA REPORTAGEM LOCAL

Imagine a situação: o professor vai corrigir um trabalho e percebe que já viu aquele texto antes. Lê mais um pouco e descobre que trata-se de uma pesquisa que ele próprio fez e publicou.
E como se não fosse o bastante, ainda há o agravante de que não se trata de uma simples atividade para compor a nota do bimestre. O aluno que copiou o trabalho estava utilizando-o como uma tese de mestrado.
O caso é verídico e aconteceu com o professor de marketing André Robic, que atualmente é diretor do IBModa (Instituto Brasileiro de Moda, localizado em São Paulo, especializado na área).
O trabalho copiado foi apresentado quando ele integrava uma banca de mestrado em uma universidade particular paulista, cujo nome ele preferiu não revelar para evitar constrangimentos. Isso mostra que o aluno sequer se deu ao trabalho de conferir se o nome do autor do trabalho que copiou batia com os dos professores que comporiam a sua banca.
"O cara cortou uma parte, mudou uma ou outra coisa. Mas não acrescentou uma só informação", lembra. "Claro que foi reprovado. E nem pôde retomar o curso", completou o professor.
Robic é freqüentemente convidado para formar bancas de mestrado e de doutorado em instituições privadas ou públicas, como a USP, onde fez suas pós-graduações. Ele afirma que, quando desconfia da construção de alguma passagem do texto, costuma procurar esse trecho no site de buscas da internet Google.
"É um hábito. Sei de casos em que pessoas copiam dez páginas de um trabalho e nem citam a fonte", afirma. (FT)


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