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Professor corrige
seu trabalho copiado
DA REPORTAGEM LOCAL
Imagine a situação: o professor
vai corrigir um trabalho e percebe
que já viu aquele texto antes. Lê
mais um pouco e descobre que
trata-se de uma pesquisa que ele
próprio fez e publicou.
E como se não fosse o bastante,
ainda há o agravante de que não
se trata de uma simples atividade
para compor a nota do bimestre.
O aluno que copiou o trabalho estava utilizando-o como uma tese
de mestrado.
O caso é verídico e aconteceu
com o professor de marketing
André Robic, que atualmente é
diretor do IBModa (Instituto Brasileiro de Moda, localizado em
São Paulo, especializado na área).
O trabalho copiado foi apresentado quando ele integrava uma
banca de mestrado em uma universidade particular paulista, cujo
nome ele preferiu não revelar para evitar constrangimentos. Isso
mostra que o aluno sequer se deu
ao trabalho de conferir se o nome
do autor do trabalho que copiou
batia com os dos professores que
comporiam a sua banca.
"O cara cortou uma parte, mudou uma ou outra coisa. Mas não
acrescentou uma só informação",
lembra. "Claro que foi reprovado.
E nem pôde retomar o curso",
completou o professor.
Robic é freqüentemente convidado para formar bancas de mestrado e de doutorado em instituições privadas ou públicas, como a
USP, onde fez suas pós-graduações. Ele afirma que, quando desconfia da construção de alguma
passagem do texto, costuma procurar esse trecho no site de buscas
da internet Google.
"É um hábito. Sei de casos em
que pessoas copiam dez páginas
de um trabalho e nem citam a
fonte", afirma.
(FT)
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