Despesas com a nova prova serão de cerca de R$ 140 mi, contra os R$ 116 mi previstos no contrato anterior

ANGELA PINHO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O gasto do governo com a nova prova do Enem, feita sem licitação, será pelo menos 20% maior do que aquilo que estava previsto antes do vazamento.
O Ministério da Educação estima que o gasto total com o exame, em dezembro, fique em torno de R$ 140 milhões.
O contrato com o Connasel, consórcio que havia vencido a concorrência para fazer a prova, previa R$ 116 milhões.
Após a divulgação do vazamento, o contrato foi rompido. Porém, segundo o Inep (órgão responsável pelo exame), já haviam sido pagos R$ 38 milhões. O governo investiga o caso para pedir ressarcimento.
Para conseguir fazer com que o novo exame aconteça nos dias 5 e 6 de dezembro, o governo teve que fazer contratos emergenciais sem licitação.
A gráfica RR Donnelley, que já iniciou a impressão da prova, receberá R$ 31,9 milhões.
Outros R$ 99,9 milhões serão destinados ao novo consórcio formado pela Fundação Cesgranrio e pelo Cespe, ligado à Universidade de Brasília.
Os termos do contrato ainda não foram divulgados, mas sabe-se que haverá a contratação de 300 mil pessoas -considerando o pessoal de limpeza, aplicadores e corretores de prova, seguranças etc.

Distribuição e segurança
Além da contratação da gráfica e do consórcio, que somam R$ 131 milhões, o governo também terá que arcar com despesas com distribuição e segurança do exame.
A primeira tarefa caberá aos Correios, que levarão as provas da gráfica até os locais onde elas serão feitas pelos alunos.
Já a segurança ficará a cargo não só do consórcio, mas também da Força Nacional de Segurança Pública, ligada ao Ministério da Justiça. A Polícia Federal participará do sistema logístico, mas, segundo o órgão, não haverá nenhum custo adicional na tarefa.


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