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OUTRO LADO
Dono da Global diz que acatou decisão judicial
DA REPORTAGEM LOCAL
O proprietário da Global
OSI, William César dos Santos, nega irregularidades e
diz que retirou os equipamentos do Anhembi amparado por decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo.
"A Justiça entendeu que,
com o contrato rompido por
parte da SPTuris, não precisávamos devolver o equipamento de PABX, que era locado junto à Siemens. Então
pegamos de volta e vamos
usá-lo em outro contrato
nosso", afirmou.
Sobre a subcontratação da
RDM, de propriedade de um
ex-funcionário do Anhembi,
ele diz que há no contrato
com a SPTuris uma cláusula
que lhe permite repassar serviços a terceiros.
Questionado sobre esse repasse, respondeu: "Foi um
pessoal da direção do
Anhembi que me indicou a
RDM. Disseram que facilitaria a transição, pois eles já
prestavam serviços por lá."
Anna Emília Cordelli Alves, que foi secretária de Negócios Jurídicos na gestão da
ex-prefeita Marta Suplicy
(PT), e Ilza Defilippi Dias,
que foi sua chefe-de-gabinete na ocasião, dizem que já
trabalharam em outros governos e negam relação com
a empresa que agora defendem. "Ao romper com a
Global OSI sem justificativas, a atual gestão trouxe
prejuízos aos paulistanos",
afirma Alves.
Para Dias, o contrato foi
seguido corretamente pela
empresa. "Havia a concordância, ainda que tácita, da
Anhembi em relação à participação da RDM, pois esta
operava inclusive com banners com a logomarca exposta dentro do complexo
de exposições. A atual gestão
não pode dizer que foi enganada", afirma a advogada.
O advogado Itajiba Farias
Ferreira Cravo, ex-ouvidor
da polícia de São Paulo, também trabalha na defesa da
Global OSI. Ele foi gerente
jurídico da SPTuris no governo de Marta Suplicy.
Cravo disse, porém, que
ocupou cargos de confiança
para a prefeitura de 1989 a
2003, nas gestões de Luiza
Erundina, Paulo Maluf e
Celso Pitta -nos dois últimos, atuou no setor jurídico
do Anhembi. "É um absurdo
tentar politizar isso. Quem
confunde advogado com
causa é o mesmo tipo de bobo que confunde ator com
personagem", afirmou.
O advogado diz que é contratado da Global OSI para
atuar na área criminal. "Senhas de acesso do sistema
[de comunicação] foram
violadas pela SPTuris. Praticaram atos criminosos que
estão sendo apurados em
um inquérito, coisa que estão além de partidos políticos", afirmou.
A assessoria de imprensa
de Marta Suplicy não comentou o caso.
(FS e GP)
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