São Paulo, Quinta-feira, 23 de Dezembro de 1999


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Empresário é morto com tiro enquanto pilotava helicóptero

RANIER BRAGON
da Agência Folha, em BH

O empresário José Cláudio Valério, 46, foi morto na tarde de anteontem com um tiro na nuca, no momento em que pilotava um helicóptero na região da cidade de Maria da Fé, em Minas Gerais.
A aeronave se desgovernou e caiu nas imediações de uma das fazendas do empresário. A polícia suspeita que o crime tenha sido cometido por dois passageiros do helicóptero, com o intuito de roubar a aeronave.
O empresário era dono de uma transportadora e de fazendas. Ele alugava seu helicóptero para sobrevôos na região.
Por volta das 15h de anteontem, Valério levantou vôo em Maria da Fé (521 km ao sul de Belo Horizonte) com mais dois homens, desconhecidos dos moradores locais, com o objetivo de fazer um sobrevôo em fazendas em Cristina, município vizinho.

Suspeitos
Aproximadamente 40 minutos depois, lavradores viram o helicóptero se desgovernar e cair. Os dois homens que acompanhavam Valério saíram da aeronave aparentando leves ferimentos.
Eles pediram carona para o lavrador Tércio Valder dos Santos, dizendo que precisavam de um hospital. No meio do caminho, alegando ter que telefonar, os dois homens desceram do carro e sumiram.
O corpo do empresário foi removido do helicóptero pela polícia. A autópsia revelou que ele estava com uma bala na nuca, disparada por uma pistola calibre 9 mm.
Não há pistas dos suspeitos. Até ontem à noite, a polícia tinha descoberto que os dois homens foram levados até a fazenda do empresário por uma terceira pessoa, em um carro importado de cor verde e com placa de Campo Grande (MS).
O delegado regional de Itajubá, Antônio Dias de Oliveira, abriu inquérito para apurar o caso e disse que a primeira providência será fazer um retrato falado dos suspeitos.

Queda de monomotor
Um avião monomotor pilotado por João Francisco Soares Rodart, 43, caiu anteontem, por volta das 18h30, na fazenda Santa Adélia, no distrito de Água Vermelha, em São Carlos (244 km a noroeste de São Paulo). O piloto sobreviveu ao acidente, mas teve escoriações no rosto e fraturou a perna direita. Ele foi atendido na Santa Casa de São Carlos e recebeu alta no mesmo dia.
O avião, da marca Piper Pawnee-235, prefixo PT-OPT, que fazia pulverização de uma plantação de cana-de-açúcar, foi totalmente destruído.
Segundo a polícia, o aeroplano pertencia à empresa Tangará Aeroagrícola e perdeu potência ao voar, caindo na plantação.


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