São Paulo, sábado, 23 de dezembro de 2006

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Lula quer a "verdade" para que o povo "xingue a quem de direito"

Presidente diz ter pressa e culpa crise da Varig por provocar uma "lacuna"

LUCIANA CONSTANTINO
ANDRÉA MICHAEL
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Um dia após determinar que empresas e órgãos governamentais informem o motivo dos atrasos nos vôos em meio ao caos aéreo, o presidente Lula disse ontem querer "apenas a verdade" até para que o povo "xingue a quem de direito".
Lula cobrara pela manhã, em um evento com jornalistas no Planalto, responsabilidade das empresas. "A única coisa que não poderemos resolver, porque a União não tem empresa de aviação, é atender a todos os passageiros. Só espero que não vendam passagem a mais".
Horas depois, a FAB (Força Aérea Brasileira) divulgou nota informando que estava colocando à disposição aviões para transportar os passageiros de vôos atrasados. Quando o presidente concedeu a entrevista a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) também não havia anunciado a suspensão da venda de passagens da TAM. "Quero simplesmente que o passageiro seja avisado. Até para que o povo, quando tiver que xingar, xingue a quem de direito", afirmou. A ordem é que haja um diagnóstico diário do que ocorre nos aeroportos.
Segundo ele, há "coisas absurdas acontecendo", mas agora os atrasos não são responsabilidade dos controladores. "Foi também [responsabilidade dos controladores no início da crise]. Agora eles estão trabalhando certinho. Há reivindicações que terão de ser atendidas", disse, sem detalhar.
Ele ponderou que houve aumento de passageiros nos últimos anos e que a crise da Varig provocou uma "lacuna" no mercado, mas cobrou solução.
Ao ser questionado sobre medidas de longo prazo, respondeu: "Já está no longo prazo, 60 dias já é longo prazo. Estou com pressa e vamos ter que resolver rapidamente".


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