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VIOLÊNCIA
Ministérios vão estabelecer critérios e prioridades para distribuir aos Estados os recursos do plano nacional
Gerentes definirão verbas para segurança
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo federal definiu ontem a criação de um grupo de gerentes para cuidar das ações previstas no Plano Nacional de Segurança Pública.
A intenção é definir metas e garantir a aplicação dos recursos do
Fundo de Segurança, que este ano
estão orçados em R$ 500 milhões.
Em 2000, a verba prevista para
ser utilizada no setor era de R$
330 milhões, mas somente R$ 251
milhões foram aplicados.
"Se você gerencia a verba do
fundo, vai poder empregá-la da
melhor maneira possível", disse o
secretário Nacional de Segurança
Pública, Pedro Alvarenga.
Segundo ele, no ano passado
houve demora na análise de projetos enviados por Estados e isso
fez com que parte dos recursos
não pudesse ser repassada no prazo para uso de verbas do Orçamento de 2000. O dinheiro que
sobrou não pode mais ser usado.
Os coordenadores das ações do
plano serão funcionários dos ministérios que integram o conselho, entre eles os da Justiça, da Defesa, da Previdência e Assistência
Social, das Comunicações e da
Cultura.
Estudos
Pelos cálculos de Alvarenga, haverá mais de 80 gerentes de ações.
Um grupo formado por 24 deles
participará de uma reunião em
Brasília em 5 de fevereiro.
De acordo com o secretário, os
coordenadores das ações irão fazer estudos que mostrem qual
parcela dos recursos precisará ser
destinada a cada uma das linhas
de atuação do plano. Entre essas
linhas estão investimentos em
Guarda Municipal, aparelhamento de polícias, combate ao narcotráfico e outros setores.
Quando não houver recursos
suficientes para todos os projetos,
os gerentes precisarão definir
prioridades, afirmou o secretário.
O encontro de ontem reuniu os
ministros do Orçamento, Martus
Tavares, da Justiça, José Gregori, e
alguns de seus principais auxiliares. A reunião foi realizada no Ministério da Justiça.
Lançado no ano passado, o Plano Nacional de Segurança Pública
pretende atuar de forma eclética,
abrangendo desde a instalação de
postes para iluminação pública
até o combate ao narcotráfico.
Já em seu lançamento, o plano
previu a utilização de R$ 500 milhões este ano e uma quantia igual
em 2002. Para conseguir os recursos, o governo utilizou lucros de
estatais.
Além de fazer investimentos diretos e repassar recursos para Estados e municípios investirem, o
governo federal pretende com o
plano apresentar projetos de lei
que tornem mais eficaz o combate
à violência. "O plano não é imediatista", disse Alvarenga.
Entre as principais medidas a
serem tomadas em âmbito federal
estão, além do combate ao narcotráfico e ao crime organizado, o
desarmamento, a repressão ao
roubo de cargas e a ampliação do
Programa de Proteção a Testemunhas e Vítimas de Crimes.
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