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FEBEM
Até junho, município promete assumir orientação de crianças e adolescentes que cumprem punição em regime aberto
Prefeitura vai acompanhar 6.000 menores
DA REPORTAGEM LOCAL
A Prefeitura de São Paulo vai
assumir até junho o acompanhamento de 6.000 adolescentes da
Febem (Fundação Estadual do
Bem-Estar do Menor) que cumprem medidas socioeducativas
em regime aberto. A promessa é
da secretária municipal da Assistência Social, Aldaíza Sposati.
Se a promessa for cumprida, será o começo do processo de municipalização da liberdade assistida dos menores planejado pela
Secretaria Estadual da Educação,
responsável pela Febem.
O acompanhamento da liberdade assistida é um dos maiores
problemas da fundação. Além da
liberdade assistida, os menores
podem ser condenados ao internato, ao semi-internato e à prestação de serviços à comunidade.
A participação da Prefeitura de
São Paulo foi acertada ontem, em
uma reunião entre autoridades do
município, do Estado e do Conselho Municipal dos Direitos da
Criança e do Adolescente.
As novas regras de acompanhamento dos menores, os repasses
de verba e a atuação de entidades
conveniadas serão definidas por
uma comissão, que começa a trabalhar na próxima segunda-feira.
O resultado será discutido em um
fórum marcado para o dia 26 de
fevereiro.
Hoje, de acordo com Aldaíza, a
prefeitura acompanha 1.369
crianças e adolescentes infratores
que prestam serviços à comunidade. A intenção é incluir os menores em liberdade assistida e totalizar 6.000 crianças e adolescentes atendidos até junho.
Para isso, segundo Aldaíza, o repasse de verba também vai ter de
ser discutido. Hoje, a Febem repassa mensalmente a entidades
conveniadas R$ 120 por menor
acompanhado. "Vamos estudar,
mas acho que esse valor vai ter de
ser revisto", disse a secretária.
A municipalização da liberdade
assistida resultará, segundo prefeitura e Estado, na melhoria da
qualidade dos programas de atendimento e fiscalização dos menores. "A capacidade de recuperação aumentará", disse Aldaíza.
A Febem tem hoje no Estado
5.300 internos, 12.100 menores
em liberdade assistida e 3.200
prestando serviços à comunidade. Só na cidade de São Paulo, são
1.500 internos. Nas 6.000 vagas
previstas pela prefeitura estão os
que prestam serviços à comunidade e uma projeção de aumento
no número de menores em liberdade assistida até junho -hoje
esse número está em 3.000.
"Será a municipalização da liberdade assistida. Não é a prefeiturização", disse o secretário estadual da Educação, Gabriel Chalita. Segundo ele, o governo do Estado vai apenas dividir responsabilidades com as prefeituras. Chalita disse que, depois de São Paulo,
o governo vai procurar outros
municípios grandes do Estado
para propor a mesma parceira.
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