DA SUCURSAL DO RIO

Com quatro contêineres cheios de urânio -material radioativo-, atracou ontem no porto do Rio de Janeiro o navio dinamarquês Jens Nu Munk.
O navio carregava 40 toneladas de urânio brasileiro enriquecido na Europa e 112 toneladas de urânio não enriquecido (yellowcake) provenientes da mina da Unidade de Concentração de Urânio da INB (Indústrias Nucleares do Brasil), em Caetité (BA).
As cargas saíram do porto de Salvador na segunda e chegaram no início da tarde ao Rio, de onde seriam levadas ontem para Resende (RJ) e depois para as usinas nucleares de Angra dos Reis (RJ).
Ambientalistas fizeram um ato público em frente ao prédio do Ministério Público pedindo que, por meio da ação civil pública, sejam investigadas as responsabilidades civil e criminal pelo transporte marítimo, supostamente ilegal, da carga. A representação foi impetrada pelo deputado estadual Alessandro Calazans (PV).
Em nota divulgada ontem, a INB informou que o navio "dispõe de licença para navegar com material de risco. Essa licença é concedida pelo órgão internacional denominado Bureau Veritas".
Também em nota, o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis) informou que a chegada do material "por vias marítimas é uma atividade de rotina" e que "cabe ao Ibama apenas o licenciamento do transporte rodoviário".


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