DA REPORTAGEM LOCAL

Na semana semana passada, reportagem da Folha mostrou que a mestranda em física pela USP Patrícia Camargo Magalhães, 23, foi deportada de volta ao Brasil por autoridades espanholas quando iria apresentar um trabalho em congresso em Lisboa, Portugal.
Dados de 2007 dão conta de que pelo menos 3.000 brasileiros tiveram recusado seu ingresso no país, o que dá uma média diária de 8,2 "denegações" (é o termo usado pelos diplomatas).
Patrícia viajaria à capital portuguesa com conexão em Madri em razão do preço da tarifa -ela economizaria.
A estudante tinha reservas em um hotel de Lisboa e levava 490 (R$ 1.251) em dinheiro, cartões de débito e crédito, além de material para a estadia.
A estudante passou três dias detida no aeroporto, confinada em uma sala blindada de 9 m2 com mais um grupo de 30 brasileiros.
Em carta a ela, o Ministério do Interior da Espanha justificou: "Carece de documentação adequada que justifique o motivo e condições relativas a sua estadia".
No ano passado, pelo menos 3.000 brasileiros tiveram recusado seu ingresso na Espanha, o que dá uma média diária de 8,2 "denegações" (é o termo usado pelos diplomatas para a situação).
Além disso, brasileiros sofrem no país o que o Itamaraty chama de "tratamento inadequado", o que pode caracterizar discriminação.


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