da Reportagem Local

Obras, falta de policiamento e desrespeito dos motoristas agravaram a lentidão na rodovia Fernão Dias na saída para o Carnaval e ameaçam se repetir agora.
O atraso nas obras de duplicação da rodovia Fernão Dias e o pequeno número de policiais provocaram no final de semana o maior congestionamento da história dessa estrada. Os motoristas amargaram quase três horas para percorrer o trecho de cerca de 25 km entre a via Dutra e o município de Mairiporã (Grande SP).
Segundo a Polícia Rodoviária Federal, o engarrafamento foi provocado pelo excesso de veículos e o estreitamento da pista em vários pontos, causado pelas obras. Nos trechos onde a pista já estava duplicada, os motoristas formavam até cinco filas, ocupando os dois acostamentos.
Se ocorresse um acidente, ambulâncias e carros do Corpo de Bombeiros não teriam como trafegar. Além de multa, quem roda pelo acostamento leva sete pontos no prontuário.
Mas não havia policiamento para evitar o caos que se formou. Segundo o inspetor Ilson Tozzi, chefe operacional da Polícia Rodoviária no trecho da Fernão Dias, há uma viatura para cada dez quilômetros. "Teríamos que ter um policial a cada 1.000 metros", disse.
Pelo cronograma do governo, a duplicação entre São Paulo e Atibaia já deveria estar pronta. Em 30 de janeiro do ano passado, numa visita às obras, o governador Mário Covas anunciou seu final para março. Em 8 de setembro do ano passado, em outra visita, Covas prometeu a conclusão para o primeiro semestre.
Na subida da serra da Cantareira até o túnel, as obras estão praticamente paradas. Dois novos túneis já foram abertos e mereceram até comemoração oficial em setembro passado, mas continuam fechados ao trânsito.
Na altura de Mairiporã, ainda não há sinal da duplicação. Ontem não havia técnicos de plantão no Departamento Nacional de Estadas de Rodagem que pudessem esclarecer o atraso nas obras.
Para evitar a rodovia, a Polícia Rodoviária Federal sugere a estrada que sai da D. Pedro, passa por Jarinu e Campo Limpo Paulista e depois cai na Anhanguera.
(AURELIANO BIANCARELLI


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