São Paulo, Quarta-feira, 24 de Fevereiro de 1999
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Faculdade vai abrir sindicância

da Reportagem Local

A direção da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo) decidiu abrir sindicância para apurar a morte do calouro Edison Tsung Chi Hsueh.
Segundo o diretor da faculdade, Irineu Velasco, se for comprovado que houve trote violento haverá punição aos alunos envolvidos e ao centro acadêmico, que organiza a chamada semana de recepção aos calouros. Nesse período são realizadas gincanas, trote com água e tinta, visita ao campus, doação de sangue e churrascos.
"Não vamos nos omitir. Se for necessário, podemos adotar pena de expulsão", disse o diretor.
Velasco também determinou a suspensão da semana de atividades voltadas para os alunos novos, "em respeito e consideração ao calouro morto" -só será mantida a doação de sangue. As aulas normais para os calouros começam na próxima segunda-feira.
Hoje, pela manhã, haverá reunião com a congregação da faculdade para definir quais serão os integrantes da comissão que vai coordenar a sindicância.
Além da diretoria da faculdade, na reunião devem estar presentes professores titulares, mestres, representantes dos funcionários, alunos e Associação Atlética, onde Hsueh foi encontrado morto.
"Vamos também acompanhar a investigação da polícia para saber o que de fato houve", disse Velasco. O diretor ainda afirmou que a faculdade iria iniciar uma investigação sobre o trote por ter ocorrido uma irregularidade -alunos teriam pintado um carro de um professor. "Mas agora temos um fato de maior relevância." (CC)




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